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Mercados financeiros hoje: dado fiscal e varejo ficam no radar local

Agenda externa tem falas de dirigentes do Fed

Quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) serão acompanhados de perto nesta quarta-feira para ajudar o mercado nos ajustes de apostas sobre o início dos cortes de juros nos Estados Unidos. No Brasil, as atenções ficam nos números do setor público consolidado, das vendas no varejo, na balança comercial e também no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa online de evento.

Em dia de poucos indicadores, foco é em dirigentes do Fed

Os sinais são mistos no exterior em dia de agenda mais fraca de indicadores, que coloca as atenções nos discursos de dirigentes do Fed. Há pouco os retornos dos Treasuries renovavam máximas, o que deve pressionar os juros futuros no Brasil. Ontem o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, destacou os “progressos notáveis” feitos contra a inflação nos últimos meses. Segundo ele, os dados mais recentes da inflação do PCE vieram muito positivos, indicando que a desinflação continua, apesar de que a alta de preços resiste acima da meta de 2% ao ano. Por isso, ainda é preciso “manter os cintos apertados”, afirmou ele.

Na Alemanha, a produção industrial caiu 1,6% em dezembro ante novembro de 2023, o escritório de estatísticas do país. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam queda de 0,4% da produção no período.

No Brasil, alta do petróleo e minério podem limitar perdas

A queda do EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, sinaliza que o dia pode ser de perdas no Ibovespa, em meio à falta de fôlego dos futuros de NY. Há pouco, o EWZ caía 0,18% no pré-mercado. O investidor digere o balanço do Bradesco, que ficou abaixo do esperado, além do plano estratégico do banco.

A alta do petróleo e do minério de ferro, que subiu 1,12%, pode limitar perdas da Bolsa de SP. Os Adrs da Petrobrás e da Vale registravam leve avanço há pouco.

Os números do setor público consolidado serão monitorados e devem mostrar piora nas contas públicas, com saldo negativo em dezembro, por causa das despesas da União com o pagamento de precatórios.

Em Brasília, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido- AP), afirmou que, até o final desta semana, o governo irá divulgar uma decisão a respeito da Medida Provisória 1.202, que inclui a reoneração da folha de pagamentos. O governo ainda discute qual será a solução técnica viável para retirar da MP o trecho que trata da reoneração de 17 setores da economia da MP. A ideia é que esse tema seja endereçado separadamente.

*Agência Estado