Mercados financeiros hoje: dados de emprego dos EUA ficam na mira
Ontem, a ata do Fed não deu sinais claros sobre os próximos passos da política monetária dos EUA
Indicadores de emprego nos Estados Unidos – pesquisa ADP de geração de postos no setor privado e os pedidos semanais de auxílio-desemprego – ficam no foco dos mercados em véspera de divulgação do relatório oficial de emprego, o payroll. A quinta-feira também traz uma série de índices dos gerentes de compras (PMIs) do setor de serviços e o composto da Europa, já divulgados, e do Brasil e Estados Unidos, que ainda vão sair. As atenções também estarão no primeiro leilão do ano de LTN e NTN-F pelo Tesouro.
No exterior, bolsas operam em alta nesta manhã
O sinal é positivo nas bolsas europeias em meio a PMIs da região e também no mercado futuro em Nova York, depois de as bolsas em Wall Street terem fechado em queda após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não dar pistas claras sobre os próximos passos de sua política monetária, levando a uma redução nas apostas de que o primeiro corte de juros virá em março, embora essa hipótese continue sendo majoritária.
Na Europa, a libra ampliou ganhos frente ao dólar após a divulgação do PMI de serviços do Reino Unido acima das expectativas. O euro acentuou alta ante o dólar após a divulgação de PMIs de serviços da Alemanha e da zona do euro como um todo, que ficaram acima das expectativas.
Na China, o PMI de serviços elaborado pela S&P Global/Caixin avançou para 52,9 em dezembro, ao maior nível em quatro meses e contrastando com a medida oficial, que se manteve em 49,3 no mês passado, e o dado ficou em segundo plano. No Japão, o PMI industrial caiu em dezembro e segue abaixo de 50, mostrando contração da atividade.
No Brasil, mercado fica de olho na relação entre Congresso e governo
O dia pode ser de leves ganhos para o Ibovespa, em sintonia com as bolsas internacionais e com agenda local fraca. O EWZ, principal fundo de índice (Exchange Traded Fund, ETF) brasileiro negociado em Nova York, subia 0,12% no pré-mercado em NY por volta das 7 horas. Já o real pode se beneficiar da fraqueza do dólar no exterior, enquanto os juros futuros tendem a oscilar entre margens estreitas uma vez que os rendimentos dos Treasuries estão sem direção única.
Com o desgaste da relação entre o Congresso e o governo no radar, o mercado fica atento à notícia de que a MP da Compensação, editada em 29 de dezembro pelo governo Lula exclui do programa de desoneração da folha de pagamentos oito dos 17 setores até então atendidos pelo benefício.
*Agência Estado
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