Mercado

Mercados financeiros hoje: dados dos EUA amparam expectativas para juros antes de Fed

Reuniões de política monetária nos EUA e no Brasil começam hoje

A um dia das decisões sobre juros do Copom e Federal Reserve (Fed), a agenda dos Estados Unidos traz os números das vendas no varejo e da produção industrial de agosto, além do índice de confiança das construtoras e discurso da presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan. No Brasil é esperado o IGP-10 de setembro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, nesta terça-feira, com os presidentes dos Três Poderes para tratar sobre medidas de combate aos incêndios no País, às 14h30.

Exterior

A alta é generalizada nas bolsas internacionais nesta manhã, com investidores atentos aos indicadores americanos a um dia da decisão do Fed, que poderá confirmar o início do ciclo de afrouxamento monetário. Para a analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, a opção ideal seria um afrouxamento mais tímido. “Mas também estou cada vez mais confusa e penso que a decepção seria tão grande que a Fed poderá – talvez – não se atrever a dar ao mercado apenas um corte de 25 pontos-base”, afirma.

A ação da Intel avança mais de 6% no pré-mercado em Nova York após a empresa informar que pretende separar a divisão de fabricação de chips, a Foundry, e torná-la uma subsidiária. Os juros dos Treasuries operam em queda pela terceira sessão consecutiva.

Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas caiu para 3,6 pontos em setembro, ante 19,2 pontos em agosto, bem abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam queda do indicador a 16,6 pontos neste mês. A Bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,78% há pouco.

Brasil

O Ibovespa deve acompanhar o tom positivo das bolsas no exterior em meio à aposta de corte de juros nos EUA. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,40% no pré-mercado em Nova York às 7h22. Na Bolsa, o mercado olha a notícia de que o Conselho da Eletrobras aprovou captação de até R$ 5,4 bi. O recuo dos rendimentos dos Treasuries e dólar mais fraco ante várias moedas emergentes e ligadas a commodities podem favorecer o real e alívio na curva de juros. Nos juros futuros as atenções ficam ainda no IGP-10, que subiu 0,18% em setembro, acima das projeções, após a alta de 0,72% em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O mercado também repercute declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que não tem intenção de mudar a meta fiscal do governo. Ele reiterou que a alteração do alvo de resultado primário em 2025 – de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0% em 2025 – é reflexo de uma derrota de R$ 40 bilhões no Congresso Nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 16, com vetos a lei que mantém a desoneração da folha de pagamento das empresas que mais empregam no País e de pequenos municípios em 2024, prevendo a reoneração gradual a partir de 2025.

*Agência Estado