Mercados financeiros hoje: de olho em IPCA, Campos Neto e dirigentes do Fed
Fala de Powell, sobre possível novo aumento de juros ainda tem impacto nos mercados
O IPCA de outubro é um dos destaques da agenda desta sexta-feira, que traz também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento em Chicago, nos Estados Unidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com os ministros que o governo classifica como parte da “área social” pela manhã e à tarde com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Nos EUA, dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) discursam e será divulgada a pesquisa da Universidade de Michigan sobre a confiança e as expectativas de inflação dos consumidos americanos. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa em evento do Financial Times.
Exterior repercute discurso de Powell
Os futuros de Nova York estão sem tração nesta manhã, após as bolsas terem caído ontem diante da sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que um novo aumento de juros é possível diante da força da economia americana. Até então, prevalecia a leitura de que o BC americano teria encerrado seu ciclo de aperto monetário, após deixar as taxas básicas inalteradas em suas duas últimas reuniões.
Na Europa, a fala de Powell ainda pesa nas bolsas e os dados britânicos melhores do que o esperado – PIB do 3º trimestre e produção industrial – ficaram em segundo plano. O dólar e juros dos Treasuries, por sua vez, operam mais perto da estabilidade, enquanto o petróleo tem leve alta.
Investidores brasileiros de olho na inflação
Os números do IPCA podem ajudar a reforçar a aposta de mais dois cortes de 50 pontos-base da Selic nas próximas reuniões. Ontem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que o BC começou a cortar os juros “um pouco tarde” e o ciclo de flexibilização monetária, iniciado em agosto, ainda não surtiu efeito.
Segundo ele, os cortes de juros poderiam ter começado duas reuniões do Copom antes a um ritmo de 0,25 ponto porcentual. O Ibovespa deve ser guiado por uma bateria de balanços, como os da Petrobrás e Bradesco.
*Agência Estado
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