Mercado

Mercados financeiros hoje: decisão do Fed guia apostas para juros em 2025; pacote fiscal segue no foco

A decisão do Fed sobre juros dos EUA e a entrevista com seu presidente, Jerome Powell, são os destaques desta quarta-feira

A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a coletiva com seu presidente, Jerome Powell, são os destaques nesta quarta-feira. No Brasil, as atenções ficam sobre a votação na Câmara do Projeto de Lei Complementar (PLP) do pacote fiscal, além do projeto de lei e PEC do plano de contenção de despesas. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, faz live de balanço de seu mandato. O Tesouro realiza leilões de compra e venda de títulos públicos, após cancelar o tradicional leilão de quinta-feira.

Exterior

As bolsas europeias e no mercado futuro em Nova York operam no azul nesta manhã, em meio à expectativa de que o Fed anuncie mais tarde corte de 25 pontos-base dos juros e pistas sobre os próximos passos. Na Europa, a libra perdeu força ante o dólar após o índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido vir dentro do esperado (+2,6%) em novembro e moderar as preocupações sobre as pressões inflacionárias. Amanhã o Banco da Inglaterra (BoE) anuncia a decisão de política monetária e a expectativa é de manutenção da taxa básica. O economista-chefe para Reino Unido do Deutsche Bank, Sanjay Raja, diz que embora tenha vindo em linha, o CPI está mais forte que o cenário projetado pelo BOE. Na zona do euro, o CPI acelerou 2,2% em novembro, na comparação anual, menos que o previsto (2,3%), e o índice segue acima da meta do Banco Central Europeu (BCE), de 2% ao ano.

Brasil

Os mercados podem ficar mais acomodados na abertura diante do andamento da pauta fiscal no Congresso e em compasso de espera pela decisão do Fed.

O Congresso concluiu ontem a votação do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária e o texto segue para sanção do presidente Lula. Também foi aprovado na Câmara o texto-base do projeto de lei que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários se houver déficit primário. O texto também permite o uso de superávit de quatro fundos para pagar a dívida pública por seis anos (2025 a 2030).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou para hoje a votação de três destaques relacionados ao Projeto de Lei Complementar (PLP) do pacote de cortes de gastos que traz novos gatilhos do arcabouço fiscal e trata sobre regras para contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares. Os juros futuros podem ter menos volatilidade hoje diante da atuação do Tesouro Nacional.

*Agência Estado

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