Mercado

Mercados financeiros hoje: dirigentes do Fed e dados guiam negócios

No Brasil, risco fiscal segue na pauta

Discursos de seis dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), além de dados do varejo e produção industrial dos Estados Unidos são destaques da agenda desta terça-feira. No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista ao Jornal da CBN, às 8 horas. O Comitê de Política Monetária (Copom) realiza o primeiro dia de reunião e decide amanhã sobre a Selic.

Exterior

O fôlego é limitado no mercado futuro de ações em Nova York, com Dow Jones futuro e S&P500 perto da estabilidade antes de discursos de vários dirigentes do Fed e dados dos EUA. O BBH acredita que o destaque hoje é o dado de vendas no varejo americano e vê riscos de resultado melhor que o previsto. O banco de investimentos avalia que os resultados da economia americana justificariam mais paciência do Fed, o que tem mantido o dólar e os juros dos Treasuries apoiados.

Na Europa, as bolsas têm alta modesta em meio a indicadores da região. O índice ZEW de expectativas econômicas na Alemanha avançou de 47,1 em maio a 47,5 para junho, abaixo do previsto (49,2). Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro avançou 0,2% em maio, na comparação com abril, em linha com o esperado e representa desaceleração, após a alta mensal de 0,6% vista em abril.

Brasil

A falta de ímpeto dos mercados internacionais nesta terça-feira e a agenda local fraca podem limitar o apetite do investidor. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, mostrava estabilidade perto das 7 horas. Os receios de piora fiscal podem manter os investidores na defensiva. Ontem os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, conseguiram limitar perdas nos ativos domésticos ao falar que existe coesão do governo na pauta fiscal. Mesmo assim, o dólar à vista fechou em alta, a R$ 5,4219 (+0,74%).

Após reunião com o presidente Lula, a equipe econômica avalia conduzir a agenda de revisão de gastos por “dois corredores”: um de curto prazo, para medidas com efeito imediato, que não dependam de negociação com o Congresso, e outro para ações um pouco mais estruturantes, de longo prazo, ou que precisem de aval do Legislativo. E o ministro Haddad afirmou que a equipe econômica aguarda a formalização das propostas a serem apresentadas pelo Senado para compensar a desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios para que a Receita Federal possa fazer os cálculos de impacto. O ministro evitou citar quais seriam as alternativas, mas disse que são propostas que já estão em debate.

*Agência Estado

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