Mercado

Mercados financeiros hoje: dólar dispara no exterior com vitória de Trump

Cenário aumenta pressão por anúncio do corte de gastos do governo no Brasil

A agenda econômica tende a ser ofuscada pelo retorno de Donald Trump à Casa Branca, resultado consolidado na manhã desta quarta-feira (06/11). O destaque local hoje é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros para tratar de pautas ambientais. Após o fechamento dos mercados saem os balanços da Eletrobras, Braskem, Minerva e Copel. Lá fora, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala em evento.

Exterior

A vitória de Trump, projetada pela Associated Press, impulsiona o dólar ante moedas em geral nesta quarta-feira. Os futuros de Nova York engatam rali, com alta de quase 3%, e bolsas europeias sobem puxadas por ações do setor de defesa, e em meio a balanços de grandes bancos da região. Os juros dos Treasuries saltam, mas os rendimentos dos títulos europeus com vencimento de 10 anos recuam diante do receio de menor crescimento na região com o protecionismo defendido por Trump. O republicano voltou a falar nesta madrugada que vai fechar fronteiras, reduzir impostos e que os EUA terão forças militares potentes. “Mas não queremos guerras”, garante.

Brasil

A vitória de Trump irá pesar sobre o real e aumenta a pressão pelo anúncio de cortes de gastos. A reunião de ontem para tratar da Junta de Execução Orçamentária (JEO) terminou sem anúncio à imprensa, formando a tempestade perfeita para uma alta forte do dólar, abertura da curva de juros, piora das expectativas de inflação e um trabalho mais árduo para o Banco Central.

O Copom deve elevar hoje a Selic em 50 pontos-base, para 11,25%, e é possível que a curva aumente a precificação de alta de 75 p.b em dezembro.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse ontem que não há “nenhum corte previsto” na pasta. O Santander Brasil estima que o pacote deve girar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, englobando 2025 e 2026.

*Agência Estado

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