Mercado

Mercados financeiros hoje: exterior espera ata do Fed e Jackson Hole

No Brasil, investidores repercutem Focus e acompanham discurso de Galípolo

O boletim Focus e a palestra do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, são focos no Brasil. Ainda, será monitorada a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros e líderes do governo no Congresso, na reta final das negociações para a votação do projeto da desoneração da folha de pagamentos. No exterior, hoje o diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, fala em evento e à noite sai a decisão sobre juros da China. Nos próximos dias, sairão a ata do Fed e o discurso do presidente Jerome Powell durante o Simpósio Jackson Hole.

Exterior

Os ativos nos Estados Unidos têm sinais moderados nesta manhã, enquanto investidores esperam mensagens sobre o ritmo de corte dos juros nesta semana. Isso poderá vir da ata da última reunião de política monetária do Fed, do discurso de seu presidente, Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole, e de outros dirigentes do Fed. Ontem, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que uma queda de juros em setembro ainda “não é uma certeza”. Nesta manhã, os índices futuros de ações operam no zero a zero. Após recentes dados sólidos dissiparem preocupações sobre riscos de recessão nos EUA, a bolsas de Nova York tiveram na semana passada o melhor desempenho do período no ano.

Os rendimentos dos Treasuries também têm leve recuo e o dólar DXY cai. Já a maioria das bolsas europeias sobe. O petróleo exibe desvalorização mais intensa, em meio à espera de desdobramentos de conversas sobre um cessar-fogo no Oriente Médio. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que as negociações por um cessar-fogo na guerra em Gaza seguem em andamento e que apesar das dificuldades, um acordo é possível. Outro foco é a incerteza com a demanda na China, que hoje à noite anuncia sua decisão sobre juros. As bolsas asiáticas fecharam sem direção única.

Brasil

A estabilidade dos índices futuros de ações em Nova York e o recuo superior a 1,00% do petróleo podem limitar ou até mesmo impedir o Ibovespa de voltar a subir, apesar da alta de 0,71% do minério de ferro em Dalian, na China. O ADRs da Vale sobem perto de 1,40% nesta manhã no pré-mercado americano. Há grande expectativa com o anúncio da decisão de política monetária na China à noite, diante de receios com a demanda. Na sexta, o Ibovespa interrompeu uma série de altas, fechando em baixa de 0,15% (133.953,25 pontos), após nova marca intradia histórica, mas encerrou a semana com ganhos. Diante da crescente percepção de aumento da Selic, sobretudo após o presidente do BC, Roberto Campos Neto, dizer que a instituição está muito incomodada com a desancoragem das expectativas, ficam ainda mais no centro das atenções o boletim Focus e a palestra com Galípolo nesta segunda-feira. Uma elevação do juro básico ganhou força também depois da surpresa com o salto do IBC-Br de junho, que desencadeou uma série de revisões em alta para o PIB deste ano e, em alguns casos, para a própria Selic. Na curva de juros, uma alta em setembro é dada como certa, com dúvida quanto à intensidade. Desta forma, as taxas futuras podem não cair em sintonia com os rendimentos dos Treasuries. O dólar ante o real ainda tende a oscilar em meio ao recuo do petróleo e ao avanço do minério.

*Agência Estado

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