Mercados financeiros hoje: Galípolo é foco do dia no Brasil, NY sinaliza recuperação
Petróleo tem dia de realização de lucros após ganhos robustos nas últimas cinco sessões
Os investidores ficam atentos hoje à sabatina de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária e indicado à presidência do Banco Central, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Sem indicadores de peso também nos Estados Unidos, discursos de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) serão acompanhados à tarde.
Exterior
A volta dos mercados na China após o feriado é marcada pela frustração dos investidores com a ausência de medidas adicionais de estímulos de Pequim. O minério de ferro caiu 2,43% em Dalian e a bolsa de Xangai aparou os fortes ganhos intradia no fechamento. O petróleo é pressionado também, após ganhos robustos nas últimas cinco sessões com a tensão geopolítica crescente no Oriente Médio. As bolsas europeias caem e os futuros de Nova York sobem. A ação da Pepsico caía 0,9% no pré-mercado, após a abrir a temporada de balanços do terceiro trimestre. O dólar cede ante moedas principais com incertezas sobre a política monetária nos EUA. A diretora do Fed Adriana Kugler disse que apoiará mais cortes de juros se o progresso na inflação continuar como esperado. O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, defendeu que é preciso cortar os juros, mas que uma flexibilização antes do tempo pode ter “custos mais altos do que esperar”.
Brasil
A queda das commodities e os sinais divergentes nas bolsas internacionais podem pressionar o Ibovespa na abertura, com investidores de olho também em notícias corporativas. O principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil em Nova York cedia 0,62% no pré-mercado nesta manhã. Os investidores vão monitorar a sabatina de Galípolo, principalmente no câmbio e mercado de juros, que podem ter oscilações estreitas com a falta de direção única dos rendimentos dos Treasuries. O principal ponto de pressão para o real e de alta dos juros está relacionado ao quadro fiscal. Os senadores da oposição devem questioná-lo sobre a independência que terá em relação ao governo federal para conduzir o órgão, mas devem aprovar o seu nome com folga.
*Agência Estado