Mercados financeiros hoje: IBC-Br e Haddad ficam no radar
No exterior, dia é de cautela no mercado
A agenda desta sexta-feira, 14, traz a divulgação do IBC-Br de maio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com representantes de grandes bancos em São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do segundo dia da Cúpula do G7, na Itália. Nos Estados Unidos, sai a pesquisa da Universidade de Michigan com as expectativas de inflação e a confiança do consumidor. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de evento.
Exterior
Na contramão do fechamento em alta das bolsas asiáticas, as europeias e futuros de Nova York estão no vermelho nesta manhã, com a Bolsa de Paris com perdas de mais de 2%, com fuga de investidores diante das incertezas com as eleições no país, afetando as bolsas da região.
O presidente da França, Emmanuel Macron, convocou eleições legislativas de maneira extraordinária após o seu partido sofrer uma derrota para o Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, de extrema-direita, no Parlamento Europeu. A decisão, no entanto, pode ser arriscada, porque pode levar a extrema-direita ao poder no país pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
No Japão, o Banco Central do país, o BoJ, manteve a taxa de depósitos inalterada na faixa de 0% a 0,1% nesta sexta-feira, em decisão já esperada pelo mercado e sinalizou que pretende reduzir as aquisições dos títulos, mas que detalhes só serão definidos em sua próxima reunião, no fim de julho. A Capital Economics avalia que o BoJ deverá elevar pela última vez neste ciclo a taxa de juros até julho.
Brasil
O sinal negativo das bolsas internacionais pode pesar no Ibovespa em meio à queda do petróleo e com riscos no cenário fiscal ainda no foco. O dólar mais forte ante maioria das moedas emergentes, como peso mexicano e lira turca, pode indicar dias de perdas para o real, enquanto os juros futuros ficam mais sensíveis aos retornos dos Treasuries, que recuam nesta manhã, mas também ao IBC-Br.
No lado das contas públicas, as medidas de compensação avaliadas pelo Senado para cobrir os custos da desoneração da folha de empresas e municípios devem render quase R$ 10 bilhões a menos do que o esperado pela equipe econômica. E Haddad voltará a receber representantes do setor financeiro nesta sexta-feira após o imbróglio da semana passada, que azedou ainda mais o humor do mercado e fez Haddad reclamar publicamente de vazamento de “informações falsas” logo depois de se reunir com gestores financeiros, entre eles o CEO do Santander Brasil, Mario Leão – que estará de novo com Haddad nesta sexta.
*Agência Estado
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