Mercado

Mercados financeiros hoje: indefinição precede dados de atividade dos EUA; Brasil foca no fiscal

O viés de alta em Nova York e a valorização do petróleo podem estimular um sétimo pregão de valorização do Ibovespa

A agenda americana concentra as atenções, com as vendas do varejo, produção industrial e pedidos semanais de auxílio-desemprego. Dois dirigentes do Federal Reserve (Fed) participam de eventos. Aqui, o foco é fiscal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para hoje a análise do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos.

Exterior

Os ativos internacionais operam com sinais divergentes moderados nesta manhã, enquanto os investidores avaliam dados chineses e o crescimento do PIB e da produção industrial do Reino Unido. O foco hoje fica em dados de atividade dos EUA, como vendas do varejo, produção industrial e pedidos semanais de auxílio-desemprego. Nos últimos dias, leituras benignas da inflação americana consolidaram expectativas de que o Federal Reserve (Fed) cortará juros, pela primeira vez em quatro anos e meio, na reunião de política monetária de setembro. A dúvida é quanto à magnitude da queda.

Ontem, o resultado do CPI dos EUA reduziu as apostas de um recuo de 0,50 ponto porcentual do juro básico no mês que vem – um dia antes de o PPI reforçar tal expectativa. Ao Financial Times, o presidente da distrital do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, disse estar “aberto” a um corte de juros em setembro, à medida que a inflação está desacelerando.

Os índices futuros de Nova York sobem moderadamente, sugerindo terceiro ganho seguido das bolsas. Na Europa, Paris e Londres passaram a testar leve queda. Os rendimentos dos Treasuries e o dólar operam com viés de baixa em sua maioria.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única após o crescimento menor do que o esperado da produção chinesa em julho e do aumento acima do previsto das vendas do varejo na China, além do avanço superior ao estimado por analistas do PIB japonês no trimestre até junho.

Brasil

O viés de alta dos índices futuros de ações em Nova York e a valorização do petróleo podem estimular um sétimo pregão de valorização e novas pontuações recordes do Ibovespa. Ontem fechou na faixa dos 133 mil pontos – melhor marca de 2024. Na B3, há uma série de balanços que serão avaliados pelos investidores. O recuo de 2,09% do minério de ferro em Dalian, na China, apesar de alguns dados do país vistos como positivos por analistas, é risco a uma elevação do Índice Bovespa, em dia de agenda esvaziada de indicadores no Brasil.

Além disso, a pauta fiscal pode gerar volatilidade aos mercados. Hoje é esperada a análise do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos. A estabilidade do dólar no exterior tende a levar a uma moderação do real, assim como o desempenho módico dos rendimentos dos Treasuries oferecer pouco norte aos juros futuros.

*Agência Estado