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Mercados financeiros hoje: investidores esperam dados de inflação no Brasil e nos EUA para ajustar apostas sobre juros

Na agenda local, IPCA-15 é o destaque do dia

A cinco dias das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Copom, as atenções ficam hoje no índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos medido pelo PCE e no IPCA-15 de janeiro. A próxima semana traz também o relatório de emprego dos EUA, o payroll, de janeiro, enquanto no Brasil há expectativa com a reunião do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na qual deve ser discutida a MP da reoneração, alvo de conflito entre o Congresso e o Planalto, antes da volta do recesso parlamentar, em 5 de fevereiro.

Exterior mostra cautela

O mercado futuro em Nova York mostra cautela após balanços trimestrais da Intel, com lucro abaixo do esperado, e da Visa. Há pouco, os papéis da Intel tombavam mais de 12% e os da Visa caíam 3,3%. O investidor também está na expectativa com o PCE, medida de inflação preferida do Fed, que deve subir 0,2% em dezembro, na margem, após deflação de 0,1% em novembro.

Na Europa, foi revelado que o índice de confiança do consumidor na Alemanha deve se deteriorar significativamente em fevereiro, à medida que as intenções de gastos pioraram em meio à persistência da inflação.

A sexta-feira é também de queda de mais de 1% do petróleo WTI, enquanto o minério de ferro fechou em queda de 0,1% no mercado futuro da Dalian, na China.

No Brasil, mercado olha IPCA-15

O Ibovespa deve refletir a cautela vista no mercado futuro em Wall Street em meio ainda à queda do petróleo e do minério de ferro, antes do PCE americano. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, caía 0,33% às 7h15 no pré-mercado em NY. Os Adrs da Petrobrás perdiam 0,81%, os da Vale eram negociados estáveis.

Os juros futuros devem ficar sensíveis ao IPCA-15. O índice deve acelerar a 0,47% em janeiro segundo mediana do Projeções Broadcast, ante 0,40% em dezembro, puxado pela inflação de alimentos. Em 12 meses, a alta deve ser de 4,63%, de 4,72% no encerramento de 2023. Já a média dos núcleos deve subir de 0,29% para 0,38%. O recuo dos rendimentos dos Treasuries longos pode favorecer alívio na curva antes do PCE.

*Agência Estado