Mercado

Mercados financeiros hoje: IPCA-15, fiscal e meta de inflação concentram atenções

Governo pode mudar o regime de meta de inflação anual para o modelo de meta contínua a partir de 2025

A agenda doméstica concentra as atenções nesta quarta-feira, especialmente pelo IPCA-15 de junho e a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) que irá deliberar sobre a meta de inflação. Também serão divulgados os números do Governo Central e o relatório mensal da dívida. Nos Estados Unidos, saem as vendas de moradias novas e o resultado do teste de estresse bancário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Exterior

Os mercados internacionais estão sem direção única nesta manhã e mostram volatilidade. Na Europa, as bolsas abriram em alta, ajudadas por ações de tecnologia após a recuperação da Nvidia ontem, mas os receios dias antes das eleições parlamentares na França limitam o movimento e há pouco, a Bolsa de Paris estava em queda. Na Alemanha, a confiança do consumidor deverá apresentar piora no mês que vem.

Os retornos dos Treasuries longos há pouco renovaram máximas e futuros de Nova York estão mistos. Na política americana, o monitor eleitoral do Goldman Sachs afirma que o possível candidato republicano às eleições dos EUA, Donald Trump, tem 52% de chance de sair vencedor do pleito de novembro, contra o democrata e atual presidente Joe Biden, que vem reduzindo a distância para o rival.

Brasil

O fôlego curto no exterior pode limitar o apetite a risco no Brasil, mas deve ser bem recebido o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao decreto que altera o regime de meta de inflação anual para o modelo de meta contínua a partir de 2025, com alvo em 3%, segundo apurou o Broadcast. O mercado também repercute o IPCA-15.

Na ata do Copom, divulgada ontem, o BC reforçou sua postura vigilante com a Selic ao justificar a decisão de manter a taxas em 10,50% na semana passada. Segundo a ata, a projeção para o IPCA de 2024 está em 4% no cenário de referência. Na reunião de maio, o colegiado previa inflação de 3,8% neste ano, já acima do centro da meta, de 3%. Para o Governo Central, a expectativa é de déficit primário de R$ 58,10 bilhões em maio, após superávit de R$ 11,082 bilhões em abril, o que pode reforçar a cautela do mercado com a piora das contas públicas.

*Agência Estado

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