Mercados financeiros hoje: IPCA e reforma tributária guiam negócios
Powell segue no foco de investidores no exterior
O IPCA de junho e a pauta do Congresso são os destaques da agenda doméstica nesta quarta-feira. A Câmara deve iniciar hoje a votação do projeto de regulamentação da reforma tributária. O Plenário do Senado vota o acordo para retomada gradual da reoneração sobre a folha de pagamento de 17 setores da Economia. Já a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado pode votar a PEC do marco temporal e a proposta que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central. Nos Estados Unidos, é esperado testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes e três dirigentes do Fed também discursam ao longo do dia. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulga relatório mensal.
Exterior
O clima é mais ameno nos mercados internacionais nesta manhã, com as bolsas europeias mostrando mais fôlego que os futuros de Nova York, enquanto os juros dos Treasuries recuam e há pouco renovavam mínimas, e o dólar tem sinais mistos ante outras moedas antes do testemunho de Powell. As bolsas da Europa tentam se recuperar das perdas da véspera diante da difícil situação política na França, após a votação nas eleições legislativas do fim de semana não dar maioria absoluta no Parlamento a nenhuma das principais facções políticas.
O petróleo oscila perto da estabilidade, enquanto o minério de ferro fechou em queda de 1,81% na Bolsa de Dalian. Na China, as bolsas recuaram após o índice de preços ao consumidor (CPI) subir 0,2% na comparação anual de junho, menos do que o esperado, enquanto os preços aos produtores (PPI) se mantiveram em queda, sinalizando demanda persistentemente fraca, apesar de esforços de Pequim para impulsionar o consumo.
Brasil
O resultado do IPCA de junho deve orientar os mercados logo na abertura antes das votações no Congresso e do discurso de Powell. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira a redução do déficit público sem comprometer a capacidade de investimento. “Reduzir déficit fiscal sem comprometer a capacidade de investimento público é um compromisso da minha gestão”, disse.
Sobre a reforma tributária, o impasse continua sendo o tamanho do impacto da isenção das carnes na alíquota geral do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). É esse impacto que vai embasar a decisão dos líderes partidários quanto à isenção ou não das carnes no relatório da regulamentação. E o governo apresentou a senadores ontem uma nova medida de compensação para a desoneração que inclui o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apurou o Broadcast Político. O aumento de um ponto porcentual na alíquota serviria como um componente para compensar a desoneração não só em 2024, mas até 2027. A sugestão não foi bem recepcionada no Senado, segundo fontes ouvidas pela reportagem.
*Agência Estado
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