Mercados financeiros hoje: no exterior, balanços dão fôlego antes de PIB dos EUA; no Brasil, risco fiscal segue na mira
Mercado estará de olho em balanços da Meta e Microsoft, assim como dados de emprego e inflação no Brasil e nos EUA
A primeira leitura do PIB dos Estados Unidos do 3º trimestre e o relatório de emprego no setor privado (ADP) serão os principais catalisadores dos mercados nesta quarta-feira, 30. Os investidores ficam ainda sob forte expectativa pelos balanços das big techs Meta e Microsoft, que saem no fim do dia.
Do lado interno, serão acompanhados o IGP-M e os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia metas e recursos públicos e privados para mobilidade e cidades sustentáveis e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra já sob a regra de silêncio pré-Copom em relação à política monetária.
Exterior
Um apetite leve por risco enfraquece os juros dos Treasuries e o dólar ante moedas principais, enquanto os índices futuros das bolsas de Nova York têm alta modesta, sustentados por balanços. A ação da Alphabet saltava 6% no pré-mercado, mas a AMD frustrou e recuava mais de 8%.
Estão no foco também o PIB americano e a pesquisa de emprego no setor privado, antes dos números das outras gigantes de tecnologia. O ouro renovou máxima histórica nesta manhã com as incertezas sobre a eleição presidencial dos EUA e crescente probabilidade de vitória do republicano Donald Trump. O euro se fortalece ante o dólar com o crescimento do PIB da Alemanha e da zona do euro no terceiro trimestre acima das previsões contrariar expectativas de estabilidade no período.
Brasil
A falta de uma data para o lançamento do plano de corte de gastos do governo Lula tende a manter os mercados locais na retaguarda. O ETF brasileiro EWZ caía 0,46% perto das 7h15 no pré-mercado em NY. O ADR da Vale perdia 0,09%, apesar da alta de 0,38% do minério de ferro na China. Se a queda na curva dos Treasuries persistir nas próximas horas é possível que ajude a amenizar os ajustes dos ativos locais, após o estresse na véspera, com o dólar a R$ 5,7616 – maior valor desde 30 de março de 2021 – pela ausência de novidades da política fiscal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar os ânimos, sem sucesso, dizendo que não há veto de Lula e que as conversas estão avançando. À noite, Haddad deixou o Palácio do Alvorada sem falar com a imprensa, após uma reunião de cerca de quatro horas com o presidente Lula, da qual participou o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. A expectativa é se avançaram em propostas de corte de gastos e na definição dos novos diretores do BC e quando serão anunciados.
*Agência Estado
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