Mercados financeiros hoje: petróleo dispara 3% com tensão entre Israel e Irã e bolsas têm cautela
Por aqui, elevação do rating do Brasil pela Moody's pode trazer otimismo para a bolsa
O risco de um conflito ampliado no Oriente Médio segue no radar dos investidores, mas as atenções ficam também em novos dados de empregos no setor privado americano (ADP) e em falas de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Uma enxuta agenda interna traz a produção industrial de agosto e entrevista do Tesouro Nacional sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública (RMDP), divulgado na segunda-feira.
Exterior
Os investidores ampliam a postura conservadora pela persistência da tensão Irã-Israel, mas a percepção de relativa à contenção de danos pela defesa israelense ameniza as perdas nas bolsas ocidentais. O petróleo exibe ganhos superiores a 3% nesta manhã por incertezas sobre o grau da escalada do conflito geopolítico e o impacto na oferta da commodity. Os juros dos Treasuries ensaiam leves altas.
O ADP hoje e o relatório payroll na sexta-feira vão modular as apostas no ritmo do corte de juro do Fed, que mostram em torno de 64% de chances de redução de 0,25 ponto porcentual em novembro. A volatilidade deve persistir.
No Japão, as bolsas caíram em meio à alta do iene ante o dólar com investidores atentos ao futuro da política econômica e monetária no país. O novo ministro da Economia do país, Ryosei Akazawa, disse que o BoJ deve considerar cuidadosamente quaisquer aumentos adicionais de taxas de juros, com objetivo de evitar o risco de esfriar muito a economia.
Brasil
A tendência é de abertura positiva dos ativos brasileiros, após a elevação do rating do Brasil pela Moody’s ontem. Os ADRs da Vale e da Petrobras subiam no pré-mercado em Nova York. O upgrade aumenta a chance de atração de fluxo estrangeiro pelo País. Contudo, os ajustes ficam sujeitos também à volatilidade nos mercados americanos e do petróleo em meio ao risco de uma guerra ampliada no Oriente Médio.
O desconforto fiscal segue no pano de fundo. Há incômodo com a decisão do governo de reduzir o contingenciamento de gastos e começar a mirar na banda de baixo da meta de superávit primário, o que é considerado arriscado por analistas porque se o crescimento desacelerar deve reduzir a arrecadação e a possibilidade de cumprimento das metas do arcabouço fiscal. A produção industrial deve mostrar avanço de 0,1% do indicador em agosto, após recuo de 1,4% do setor em julho, segundo o Projeções Broadcast.
*Agência Estado
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