Mercado

Mercados financeiros hoje: PMIs e dado de emprego dos EUA guiam exterior

No Brasil, destaque é resultado da produção industrial

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Com a agenda econômica local mais fraca na semana, o investidor deve focar no câmbio. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A agenda econômica desta quarta-feira traz o relatório ADP de maio sobre criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos, dados de PMIs de Serviços e de produção industrial no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontra no Vaticano com o papa Francisco, participa da abertura e acompanha três painéis da conferência “Enfrentar a crise da dívida do Sul Global”, promovida pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, ligada à Santa Sé.

Exterior

Um apetite por ativos de risco predomina nesta manhã, com altas dos índices futuros em Nova York e das bolsas europeias em meio a quedas do PMI de serviços em maio e do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro na comparação anual de abril. Os dados da zona do euro reforçam expectativas de início de corte de juros pelo Banco Central Europeu nesta quinta-feira. Os rendimentos dos Treasuries sobem, interrompendo uma sequência de quatro sessões em queda, assim como o dólar avança ante o euro e o iene com investidores atentos à saúde da maior economia do mundo e no aguardo de novos dados, como o relatório ADP de empregos no setor privado e PMIs de serviços.

Os dados podem ainda mexer com as apostas para os juros do Fed, após o relatório Jolts trazer criação de vagas bem abaixo do esperado, elevando as chances de dois cortes de juro neste ano. O petróleo se recupera e sobe, depois de acumular fortes perdas nas últimas sessões em meio a dúvidas sobre a capacidade da Opep+ de gradualmente reduzir seus cortes voluntários na produção sem correr o risco de aumentar demais a oferta.

Na China, as bolsas fecharam em baixa, ignorando a alta do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços no país, para 54,0 em maio, acima da expectativa de analistas consultados pela FacSet, que esperavam leve queda para 52,4. O PMI composto chinês, que engloba serviços e indústria, subiu de 52,8 para 54,1 no mesmo período. As leituras acima do nível de 50 indicam que a atividade econômica da China segue em território de expansão.

Brasil

O ambiente externo positivo nas bolsas e alta do petróleo podem amenizar pressão de baixa sobre o Ibovespa, que pode ser exercida por ações da Vale em meio à queda de 1,84% do minério de ferro hoje em Dalian, na China.

Também as altas dos rendimentos dos Treasuries e da moeda americana podem renovar o fôlego dos juros futuros e do dólar, após as eleições presidenciais no México, África do Sul e Índia favorecerem a moeda americana ontem.

Os investidores vão monitorar ainda o indicador de atividade industrial doméstica. Após subir 0,9% em março, a produção industrial deve voltar ao terreno negativo em abril, na margem, de acordo com a maioria das casas (17 de 26) consultadas pelo Projeções Broadcast.

Ontem, o dólar à vista subiu a R$ 5,2854 (+0,98%), marcando o maior nível de fechamento em um ano e três meses, e o Ibovespa caiu pela quinta sessão seguida em meio à desvalorização de ativos de países emergentes e após o PIB brasileiro no primeiro trimestre alimentar a cautela do mercado em relação à política monetária.

*Agência Estado