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Mercados financeiros hoje: saída de Prates da Petrobras é foco em meio a IBC-Br e antes de CPI dos EUA

Mercado deve abrir repercutindo a saída de Jean Paul Prates

Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras
Saída de Jean Paul Prates foi anunciada na terça-feira (14/05). Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O investidor repercute a saída do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e avalia o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de março. Ainda fica no foco falas de diretores do Banco Central, inclusive do presidente Roberto Campos Neto. No exterior, destaque ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e falas de diretores do Federal Reserve (Fed).

Brasil

A demissão do presidente da Petrobras deve pesar logo na abertura do Ibovespa. Nesta manhã no pré-mercado de Nova York, o EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro, cedia 1,75%. O recuo de 1,55% do minério de ferro em Dalian, na China, é outro fator a empurrar o Índice Bovespa para baixo e, claro, as ações da Vale, cujos ADRs cediam 0,56% nos EUA.

Aliás, hoje o Banco do Povo da China (PBoC) manteve a taxa da linha de empréstimos de médio prazo inalterada em 2,5% ao ano. O assunto também pode ecoar no dólar, mas a fraqueza da moeda no exterior seria ponto a favor de alta do real.

O mercado como um todo ainda avaliará o IBC-Br de março. A mediana na pesquisa Projeções Broadcast indica recuo de 0,20%, após avanço de 0,40% em fevereiro. Um eventual declínio pode ser fonte de alívio principalmente aos juros futuros, que ainda podem refletir a queda dos rendimentos dos Treasuries. A curva futura ainda digere fala de diretores do BC, sobretudo após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) sugerir fim do ciclo de queda da Selic.

Exterior

O sinal moderado e divergente do exterior retrata o compasso de espera dos investidores pelo CPI americano, vendas do varejo do país e falas de diretores do Fed, que poderão ajudar nas apostas em relação a quando os juros dos Estados Unidos começarão a cair. A expectativa é que o índice de preços ao consumidor americano de abril repita a taxa de 0,4% de março, enquanto o núcleo desacelere a 0,3% no mês.

Ontem, dois dirigentes do banco central dos Estados Unidos foram cautelosos quanto ao início da queda dos juros. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que a política monetária está em uma boa posição para estudar a economia antes de alterar as taxas de juros, enquanto aguarda evidências de que a inflação continua em queda. Já o presidente da distrital de Kansas City do Fed, Jeffrey Schmid, disse esperar que os juros fiquem elevados por mais tempo. Assim, os índices futuros de ações de Nova York operam perto da estabilidade, os rendimentos dos Treasuries cedem levemente e o dólar enfraquece, enquanto o petróleo mira alta.

Na Europa, a maioria das bolsas sobe após expansão do PIB da zona do euro no primeiro trimestre, aumento na produção industrial da região acima do esperado e balanços como os do Commerzbank, com surpresa em seu lucro. Mais cedo, o índice acionário inglês FTSE 100 renovou máxima intraday histórica, ao atingir 8.474,41 pontos. Na Ásia, a bolsas fecharam sem direção única. Na Ásia, a bolsas fecharam sem direção única.

*Agência Estado