Mercado

Mercados financeiros hoje: temor com juros dos EUA limita ativos

No Brasil, arrecadação e Petrobras ficam no radar

Sede da B3
Mercado acompanha a indicação de Magda Chambriard à presidência da Petrobras. Foto: B3

Em meio a crescentes preocupações fiscais no mercado, a arrecadação de abril ganha ainda mais atenção. Além disso, o comitê de pessoas do conselho de administração da Petrobras (Cope) vai analisar a indicação de Magda Chambriard à presidência da estatal. Já lá fora, sinais da política monetária americana poderão vir por meio de discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed).

Exterior

A maioria dos ativos internacionais tem sinais negativos. Diante da inflação persistente nos EUA, autoridades monetárias do banco central dos EUA têm adotado cautela e elevado as dúvidas sobre quando o Fed começará a cortar os juros, indicando que as taxas poderão ficar elevadas por um longo período.

As bolsas europeias caem, deixando em segundo plano a queda acima da esperada do índice de preços ao produtor da Alemanha de abril e o avanço do superávit comercial da zona do euro em março. Já os futuros de Nova York operam com instabilidade. Os rendimentos dos Treasuries caem, após ganhos na véspera, assim como o dólar cede ante moedas forte, enquanto o petróleo estende perdas. Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa, passada a reação positiva com estímulos chineses.

Brasil

A queda de cerca de 1,00% do petróleo é gatilho a uma queda do Ibovespa na abertura, dando sequência às perdas das duas últimas sessões. No entanto, a alta de 1,68% do minério de ferro em Dalian, na China, entra como limitador a um recuo do Índice Bovespa. A agenda de indicadores esvaziada aqui e no exterior, além da estabilidade em Nova York, podem instigar volatilidade, bem como a espera da reunião que analisará a indicação de Magda Chambriard à presidência da Petrobras.

Os investidores, especialmente de juros, ainda monitoram os debates acerca da política monetária interna, à medida que as chances de a Selic ficar em 10,50% até o final do ano crescem. Após a Focus de ontem mostrar Selic de 10,00% no fim de 2024, reunião de analistas com o Banco Central (BC), no Rio, também na véspera, esboçaram até a possibilidade de alta do juro básico.

Outro ponto de atenção é em relação ao fiscal, o que pode mexer também com o câmbio. Por isso, o mercado como um todo avaliará os dados de abril da arrecadação. Fica ainda no foco o debate sobre a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está guardando a sete chaves quem são os cinco ou seis deputados que vão compor o grupo de trabalho de regulamentação da reforma.

*Agência Estado

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