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Mercados financeiros hoje: tom é positivo no exterior em semana de PIB dos EUA, decisão do BCE e balanços

No Brasil, agenda esvaziada faz investidores focarem nas discussões em Brasília

Números sendo mostrados em uma tela
Bolsa de valores. Foto: Adobe Stock

O IPCA-15 de janeiro é o principal indicador nesta semana de agenda fraca no Brasil. Além disso, hoje o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do programa Roda Viva, da TV Cultura, e o presidente Lula sanciona o Orçamento de 2024. Lá fora, no entanto, o calendário está mais robusto, com Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do quarto trimestre e PCE, além das decisões de política monetária do Banco do Japão (BoJ) e do Banco Central Europeu (BCE). Entre os resultados esperados da temporada de balanços nos EUA estão os da Netflix, Tesla, IBM, American Airlines, Intel, Visa e American Express.

Confira a agenda de resultados do 4º trimestre de empresas brasileiras

Exterior abre em alta nesta manhã

O humor está positivo nas bolsas internacionais, mas o fôlego é moderado, após o S&P 500 e o Dow Jones terem batido níveis recordes e o Nasdaq alcançar o maior patamar em dois anos. Na Europa, a alta é também leve em meio à expectativa com a decisão do BCE. Na semana passada, a ata do BCE da reunião de dezembro enfatizou o recente declínio da inflação na zona do euro, mas reforçou que os próximos passos dependem da evolução dos dados.

A nove dias da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), a precificação de manutenção dos Fed Funds na faixa de 5,25% a 5,50% estava em 97,4% às 7h28, segundo o CME Group, enquanto as chances de não haver mudança também em março estavam em 56,5%. A maior possibilidade de corte aparece a partir de maio.

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, voltou a alertar que as decisões do Fed, neste momento, devem ser “cautelosas e progressivas”, e não “apressadas e aceleradas”, ao referir-se às possibilidades de cortes de juros.

Na Ásia, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) manteve as principais taxas de juros inalteradas pelo quinto mês consecutivo, como esperado.

Por aqui, Brasília segue no radar

Em dia de agenda esvaziada no Brasil e no exterior, o Ibovespa tende a manter também uma alta moderada, assim como as pares lá fora. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, subia 0,55% no pré-mercado às 7h30. O recuo dos rendimentos dos Treasuries longos podem favorecer alívio na curva de juros, enquanto o dólar tem sinais mistos, mas em geral está mais fraco.

No radar está a sanção do Orçamento de 2024 e as discussões em torno da MP da reoneração da folha de pagamentos. Segundo especialistas em contas públicas consultados pelo Estadão/Broadcast, caso a MP seja revogada – como mencionou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) -, a equipe econômica terá de incorporar ao Orçamento de 2024 toda a renúncia fiscal gerada pela desoneração, calculada em cerca de R$ 20 bilhões.

*Agência Estado