Mercados financeiros hoje: Vale fica no foco após balanço e acordo sobre Mariana

A semana encerra com uma agenda mais concentrada no exterior. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem encontro com investidores em Washington. Ainda nos Estados Unidos, destaque para a pesquisa da Universidade de Michigan sobre sentimento do consumidor e expectativas de inflação dos consumidores. No Brasil, a Vale assina com a BHP o acordo de reparação relativo à tragédia de Mariana e depois realiza teleconferência sobre o balanço trimestral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também assinará o acordo. A Aneel define bandeira tarifária de energia elétrica de novembro.

Exterior

O tom é de mais calmaria nos mercados globais nesta sexta-feira, com bolsas em leve alta, além de yields dos Treasuries e dólar perto da estabilidade ante várias divisas. Na Europa, as bolsas estão sem direção única em meio a balanços corporativos, como o do banco britânico Natwest, e aumento acima do previsto da confiança empresarial na Alemanha medida pelo índice Ifo. Na China, o banco central não mexeu nos juros de empréstimo de médio prazo, como era esperado, após a onda de cortes de taxas no mês passado para estimular a retomada da economia. Na Rússia, o BC acaba de elevar os juros em 200 pontos-base, para 21%. No Japão, a expectativa com as eleições gerais no domingo deixa o mercado mais cauteloso.

Brasil

Os ativos domésticos podem estender nesta sexta-feira o alívio visto no fechamento de ontem após uma semana mais turbulenta por dúvidas sobre o cenário fiscal e alta da inflação. A alta das commodities, petróleo e minério, pode colaborar para que o Ibovespa siga na mesma direção positiva que os futuros de NY. O ETF brasileiro EWZ subia 0,18% no pré-mercado em NY às 7h. Os ADRs da Vale subiam após balanço e com acordo sobre Mariana. Os mercados aqui ficaram mais tranquilos ontem com comentários de dirigentes do BC garantindo que a autoridade fará o que for necessário para trazer a inflação para a meta e o Campos Neto disse os preços de mercado “estão exagerados”. No radar, estão medidas de cortes de gastos que devem ser anunciadas após o segundo turno das eleições municipais, no próximo domingo.

*Agência Estado