Mercados hoje: foco em dados do Banco Central e acomodação em torno da ata da Selic
Resultados macroeconômicos estão no radar do mercado nesta quarta-feira
O mercado começa a quarta-feira, 23, de olho em mais uma divulgação do Banco Central. É a vez da autoridade monetária apresentar o resultado primário do governo central. O mês de referência é fevereiro. E o dado é importante dentro do contexto de gastos do governo, o que pode ajudar a indicar os próximos passos da taxa de juros básica da economia brasileira.
Governo central é o termo para a reunião de dados do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Na última vez que o dado foi divulgado, referente a janeiro e tornado público em fevereiro, houve superávit primário de R$ 84,882 bilhões. O crescimento foi de 6,8% nominal e 2,2% em termos reais. Real porque os valores são corrigidos pelo IPCA. O índice, por sua vez, mede a inflação oficial do Brasil.
Acomodando a ata do Copom
O mercado também calibra – e deve continuar assim – a ata do Copom divulgada na terça-feira (25). De acordo com avaliação do Itaú Unibanco, o tom geral foi duro. “Embora notem sinais incipientes de desaceleração econômica, as autoridades enfatizam que há muita incerteza sobre o cenário atual da atividade econômica e suas perspectivas de curto prazo”. O relatório foi assinado por Mario Mesquita, economista-chefe da instituição bancária.
Investidor, preste atenção: Sabesp (SBSP3)
A terça também foi dia da Sabesp comentar seus resultados trimestrais. E o presidente da empresa de saneamento de São Paulo, Carlos Piani, afirmou que espera aumento de receitas a partir da vigência da nova política de descontos menores na conta de água dos clientes de alto consumo. Isso olhando como perspectiva o segundo trimestre de 2025.
Como o mercado fechou
Depois de bater os 133.471 pontos, na máxima intradiária, o Ibovespa B3 perdeu um pouco de tração perto do fim da sessão em meio a uma alta um pouco menos intensa de blue chips, como Petrobras, Vale e bancos, além de os juros futuros terem passado a subir. O índice fechou com alta de 0,57%, aos 132.068 pontos.
Na mínima intradiária, ele chegou a bater os 131.325 pontos. O movimento foi apoiado pela continuidade do movimento de rotação do mercado acionário americano para Europa e emergentes, como o Brasil.
Depois de apresentar alta de mais de 2% ao longo do pregão, as ações preferenciais da Petrobras fecharam com alta de 0,79%, enquanto as ordinárias da estatal subiram 0,97%. Já as ações da Vale terminaram com avanço de 0,33%. Entre as blue chips de bancos, o destaque ficou para as PN do Bradesco, que tiveram ganhos de 1,66%.
A liderança entre as maiores altas ficou para os papéis da Vamos, que dispararam 15,62% depois do balanço da companhia. Já as maiores perdas ficaram para as ações da RD Saúde, que caíram 2,54%.
O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 14,5 bilhões e de R$ 19,7bilhões na B3. Já em Wall Street, o índice Nasdaq subiu 0,46%; o S&P 500 teve alta de 0,16%; e o Dow Jones fechou perto da estabilidade, com alta de 0,01%.
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