Mercados hoje: indicadores de inflação no Brasil e dados de emprego nos EUA são destaques do dia
EUA divulgam dados de emprego e indicadores econômicos importantes, enquanto no Brasil o mercado acompanha índices de atividade econômica
Após uma quarta-feira de elevada expectativa em torno das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado volta os olhos para indicadores de atividade econômica nesta quinta-feira (8). No radar dos investidores estão os dados de emprego nos EUA e uma série de índices divulgados por aqui sobre inflação, preços ao produtor e rendimento de todas as fontes em 2024.
Super Quarta: qual a repercussão das decisões de juros no Brasil e nos EUA
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central moderou o tom do discurso de combate à inflação e sinalizou, nesta quarta-feira (7), que o ciclo de aumento de juros pode ter chegado ao fim. Há, no entanto, visões divergentes no mercado.
A ata do Copom, que será conhecida na próxima terça-feira (13), deve dar novas pistas sobre o rumos dos juros, de forma a apoiar uma opinião mais esclarecida dos agentes financeiros.
No comunicado de ontem, o Copom explicou os motivos que o levaram a elevar a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano. A autoridade monetária afirmou ver um cenário de maior equilíbrio entre os riscos de alta e de queda de preços. Por isso, sinalizou que deve preferir esperar para informar sobre novos rumos da Selic. A decisão foi unânime dos nove diretores.
A decisão desta quarta-feira veio em linha com a expectativa majoritária do mercado.
A maioria dos economistas, segundo o último relatório Focus, pesquisa do BC com agentes de mercado, foi de que a Selic fechará 2025 justamente em 14,75% ao ano. Ou seja, sem novos ajustes até dezembro.
Decisão de juros nos EUA
Como esperado, a pressão de Donald Trump para o corte dos juros nos Estados Unidos não funcionou. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve manteve a taxa no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. A guerra comercial deflagrada por Trump no começo de abril esteve no centro das atenções na decisão anunciada nesta quarta-feira (7).
O comunicado divulgado pelo banco central americano destacou que a incerteza quanto às perspectivas econômicas aumentou ainda mais desde então. Ao mesmo tempo, o texto ressaltou que a inflação no país permanece relativamente elevada. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse ainda que espera a evolução dos efeitos econômicos das tarifas de importação e sobretudo os rumos das negociações da Casa Branca.
“Os riscos ainda não se materializaram, ainda não estão nos dados. Saberemos mais a cada semana e mês. Então a coisa certa para fazermos é esperar por maior clareza,” disse.
Indicadores da agenda econômica no Brasil
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) divulga pela manhã o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de maio, além do Índice Geral de Preços – Disponibilidade (IGP-DI) de abril..
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia, também nesta manhã, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação de março. Em fevereiro de 2025, os preços da indústria variaram -0,12% frente a janeiro de 2025, após 12 resultados positivos seguidos. Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram diminuição de preços.
Dados de emprego nos EUA
O Departamento de Trabalho dos EUA mostra, às 9h30 (de Brasília), o número de novos pedidos de seguro-desemprego requeridos na semana até 3 de maio. Na semana anterior, houve 241 mil pedidos iniciais. Estimam-se 230 mil novos pedidos.
Como fecharam as bolsas
O Ibovespa B3, principal índice de ações da bolsa brasileira, encerrou o pregão de quarta-feira perto da estabilidade, com queda de 0,09%, aos 133.398 pontos, depois de oscilar entre os 132.872 pontos e os 134.110 pontos.
O dólar à vista encerrou a sessão de ontem em alta. Assim, terminadas as negociações, o dólar registrou alta de 0,62%, cotado a R$ 5,7458, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6979 e encostado na máxima de R$ 5,7629.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,70%, aos 41.113,97 pontos; o S&P 500 valorizou 0,43%, aos 5.631,28 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,27%, aos 17.738,16 pontos.
Bolsas da Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em alta, após o Federal Reserve (Fed) manter os juros, como esperado, e reiterar que não tem pressa em cortar a taxa, enquanto investidores aguardaram as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos previstas para o final de semana.
O índice Nikkei 225 do Japão fechou em alta de 0,41% a 36.928,63 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,22% a 2.579,48 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,37% a 22.775,92 pontos e, na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,28% a 3.351,99 pontos.
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