Mercados hoje: investidores repercutem Focus e Moody’s
Tarifas de importação dos Estados Unidos seguem no radar
A semana começa com investidores repercutindo a redução da perspectiva do rating soberano do Brasil pela Moody’s, anunciada no fim da sexta-feira. A agência de classificação manteve a nota da dívida pública brasileira um nível abaixo do grau de investimento, mas piorou a perspectiva, de positiva para estável.
Em seu comunicado, a agência mencionou os esforços de consolidação fiscal, mas avalia que o avanço de reformas para enfrentar a rigidez orçamentária e fortalecer a credibilidade da política fiscal está mais lento do que o esperado em outubro de 2024, quando foi feita a avaliação anterior.
Ainda no campo fiscal, os investidores acompanham as discussões sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O Congresso pressiona o governo a voltar atrás no aumento das alíquotas, mas o executivo busca formas de compensar a arrecadação.
Por fim, o mercado acompanha o Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras, que consolida as expectativas quanto a importantes variáveis macroeconômicas, como inflação, Selic e PIB.
Exterior
O dia deve ser de cautela também nos mercados internacionais, após o presidente Donald Trump anunciar que vai dobrar as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50% a partir de quarta-feira (04). Em resposta, a União Europeia disse que o aumento prejudica suas negociações comerciais com os EUA e pode desencadear tarifas retaliatórias.
Além disso, as tensões entre EUA e China voltaram a aumentar, após Pequim negar ter violado a recente trégua comercial firmada com Washington, rebatendo as acusações do presidente Trump no final da semana passada.
Vale lembrar ainda que as tarifas de importação impostas por Trump estão em discussão no judiciário dos EUA. Na semana passada, a Corte de Apelações para o Circuito Federal suspendeu temporariamente uma decisão judicial obrigava Trump a retirar as taxas, mas a decisão só vale até que o recurso apresentado por Trump seja julgado.
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