Mercados hoje: investidores repercutem notícias corporativas, à espera da posse de Trump

A sessão desta sexta-feira (17) deve ter pouca emoção. Pelo menos diante do calendário econômico. Claro, surpresas sempre podem acontecer. Mas é provável que a bolsa de valores olhe mesmo é pelo retrovisor, ainda digerindo duas notícias importantes dos últimos dias: a fusão entre Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) e a decisão da Cosan (CSAN3) de vender boa parte de sua participação na gigante Vale (VALE3). São essas as principais conclusões do morning call de hoje.

Data	Dia da semana	Variação da bolsa em percentagem	Pontuação do Ibovespa	Volume Ibovespa em R$ bilhões
2/1	Quinta-feira	-0,13	120.125	14,1
3/1	Sexta-feira	-1,33	118.533	15,1
6/1	Segunda-feira	1,26	120.022	14,6
7/1	Terça-feira	0,95	121.163	16,2
8/1	Quarta-feira	-1,27	119.625	15,2
9/1	Quinta-feira	0,13	119.781	9,1
10/1	Sexta-feira	-0,77	118.856	15,4
13/1	Segunda-feira	0,13	119.007	12,6
14/1	Terça-feira	0,25	119.299	15
15/1	Quarta-feira	2,81	122.649	19,2

A tabela acima é um retrato do que tem sido o desempenho da bolsa nos últimos tempos. Desce dois dias, sobe dois dias. Depois, desce, sobe, desce e sobe. Verdade que desde segunda-feira o Ibovespa havia engatado três altas seguidas, a mais substancial na quarta. Mas tudo ruiu na quinta-feira. A bolsa, que havia registrado o melhor desempenho no ano – alta de 2,81% –, caiu.

Trump vem aí: e o mercado se prepara

Se o mercado olha para trás no ambiente interno, olha pra frente no externo. Afinal, esta sexta-feira marca o último pregão antes da posse de Donald Trump. O republicano foi eleito no ano passado e assume na próxima segunda. Espera-se no campo político as alardeadas taxações contra China e países emergentes. Mas o que mais vem por aí? Vamos começar a descobrir a partir da próxima semana.

Morning call: como foi o fechamento das bolsas na quinta-feira?

Um movimento de correção dominou os negócios na bolsa em um dia de avanço dos juros futuros. Depois de subir 2,81% na véspera, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,15%, aos 121.234 pontos, perto da mínima diária de 120.796 pontos.

Na máxima, ele chegou a alcançar os 122.660 pontos. O giro financeiro do índice bateu os R$ 24,7 bilhões e os R$ 30,3 bilhões na B3, impulsionado pelo volume financeiro negociado das ações da Vale, que chegou a R$ 11,5 bilhões, respondendo por 46,8% do giro do Ibovespa no pregão. A Cosan anunciou que zerou a posição que detinha na mineradora, com a venda de 173 milhões em ações, o equivalente a R$ 9 bilhões.

As ações da Vale passaram por um dia de forte volatilidade, mas fecharam em leve alta de 0,13%, enquanto os papéis da Cosan registraram avanço firme durante toda a sessão e subiram 0,58% no fechamento.

Ações da São Martinho lideraram as perdas, com queda de 8,07%, revertendo a alta de 3,30% vista na véspera. Já a maior alta foi registrada pelas ações da Azul, que subiram 3,63%. A aérea e a Abras, holding que controla a Gol, assinaram ontem um memorando de entendimento para potencial fusão entre as empresas.

Em NY, os principais índices acionários caíram em bloco: o Nasdaq recuou 0,89%, o Dow Jones teve queda de 0,16% e o S&P 500 teve perdas de 0,21%.

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