Mercados hoje: reação do Brasil às tarifas de Trump e dados de serviços são destaques desta sexta
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu respostas às tarifas de Trump em duas entrevistas para telejornais
Por Victor Rabelo
O principal assunto desta sexta-feira (11) ainda deve ser as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros enviados para os Estados Unidos, que entrarão em vigor a partir de 1º de agosto. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu duas entrevistas para os telejornais da TV Globo e Record, que foram veiculadas após o fechamento do mercado.
Nas entrevistas, o presidente do Brasil voltou a defender o uso da Lei de Reciprocidade, mas também disse que pode recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio). Além disso, Lula voltou a afirmar que o anúncio de Trump é uma tentativa de interferência em assuntos internos e um ataque à soberania nacional.
O presidente defendeu também a atuação do Brics e disse que o Brasil vai seguir trabalhando, junto com os outros membros do bloco, para buscar uma alternativa ao dólar.
“Nós cansamos de ser subordinados ao Norte. Queremos ter independência nas nossas políticas, queremos fazer comércio mais livre e as coisas estão acontecendo de forma maravilhosa. Nós estamos discutindo, inclusive, a possibilidade de ter uma moeda própria, ou quem sabe com as moedas de cada país a gente fazer comércio sem precisar usar o dólar”, disse Lula ao Jornal Nacional, da TV Globo.
Ainda no cenário interno, os investidores devem ficar de olho nos dados do setor de serviços que serão divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Veja como foi o último fechamento do mercado
Apesar da repercussão das taxas dos Estados Unidos de 50% sobre os produtos brasileiros, o Ibovespa B3 fechou em baixa moderada de 0,54%, aos 136.743,26 pontos. Porém, os efeitos do tarifaço de Trump foi mais sentido no Real. Os temores de impactos na economia brasileira fizeram com que o dólar tivesse dia de alta ante a moeda brasileira. O dólar comercial terminou as negociações com alta de 0,72%, a R$ 5,54.
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