Na contramão dos EUA, Ibovespa B3 sobe quase 1,5%; dólar fecha em R$ 5,80
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (13) e o que movimentou os ativos
Na contramão da forte queda registrada nas bolsas americanas, o Ibovespa B3 terminou o dia em alta expressiva, de 1,43%, aos 125.637 pontos, oscilando entre os 123.590 pontos e os 125.774 pontos.
A subida das ações da Vale foi um dos destaques, em um pregão de avanço nos preços do minério de ferro e de notícias de que as siderúrgicas chinesas estão começando a elevar a produção.
Ibovespa hoje
A surpresa positiva com o balanço da CSN também ajudou a impulsionar os ganhos do setor de mineração, assim como o recuo dos juros futuros e a alta de blue chips de bancos.
A subida mais forte do índice no pregão, porém, não foi acompanhada por um avanço significativo de seu volume financeiro, que ficou em R$ 15,6 bilhões.
O montante está abaixo do volume médio diário registrado desde o início deste ano, que é de R$ 15,9 bilhões. Já o giro financeiro da B3 bateu R$ 20,7 bilhões.
O maior volume negociado de ações na sessão foi o da B3, no valor de R$ 1,3 bilhão. O montante está acima do registrado pelos papéis da Vale, que foi de R$ 1,1 bilhão.
As ações da B3 lideraram as altas, no valor de 10,48%. Ontem, a companhia obteve vitória no Carf sobre ágio gerado na incorporação de ações da Bovespa Holding em maio de 2008.
Já as ações da Vale tiveram alta de 1,38%, ao mesmo tempo em que os papéis da CSN dispararam 7,91% e os da CSN Mineração avançaram 9,09%.
Na ponta contrária, a maior queda foi registrada pelas ações da Cogna, que caíram 6,40%, após a divulgação do balanço.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu leve desvalorização nesta quinta-feira, descolando-se do movimento observado na maioria dos mercados mais líquidos, onde a moeda americana registrou alta.
Operadores lembram que as divisas emergentes (em especial da Ásia e da América Latina) estiveram entre as mais resilientes neste pregão, mas que não houve sinais de entrada de capital no país, indicando, assim, apenas uma reprecificação dessa classe de ativos.
Encerradas as negociações, o dólar à vista exibiu desvalorização de 0,11%, cotado a R$ 5,8012, depois de bater a mínima de R$ 5,7912 e encostar na máxima de R$ 5,8352.
Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,49%, a R$ 6,2927.
No exterior, o índice DXY avançava 0,24%, aos 103,856 pontos, perto do fechamento do mercado à vista.
Entre as moedas que mais avançavam frente ao dólar estavam o rublo russo, a rupia indiana e o peso mexicano.
Bolsas de Nova York
Os principais índices de ações de Nova York tiveram mais um dia de perdas, em meio a escalada de tensões entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais, que ofuscaram os dados de inflação mais fracos do que o esperado em fevereiro.
O S&P 500 entrou em território de correção, após cair mais de 10% desde seu pico, em fevereiro.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 1,30%, aos 40.813,57 pontos, o S&P 500 recuou 1,39%, aos 5.521,51 pontos, e o Nasdaq teve queda de 1,96%, aos 17.303,014 pontos.
Todas as bolsas acumulam queda de mais de 4% na semana até o momento.
Praticamente os setores do S&P 500 terminaram o dia no negativo, com exceção de serviços públicos e materiais, que ficaram perto da estabilidade, enquanto consumo discricionário (-2,79%) e comunicação (-2,62%) lideraram as perdas.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quinta-feira, com o peso da ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 200% sobre bebidas alcoólicas importadas da União Europeia (UE), em retaliação ao bloco econômico.
Ontem, entraram em vigor tarifas de 25% sobre todo o aço e alumínio importados pelos Estados Unidos, fazendo com que a UE anunciasse US$ 20 bilhões em tarifas a produtos americanos em resposta.
A escalada da guerra comercial e as incertezas em torno da agenda tarifária de Trump têm trazido volatilidade aos mercados, com analistas preocupados com a possibilidade de que isso prejudique o crescimento econômico.
No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,19%, aos 540,22 pontos.
O FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 0,02%, aos 8.542,56 pontos, e o DAX, de Frankfurt, cedeu 0,48%, aos 22.567,14 pontos.
O CAC 40, de Paris, teve queda de 0,64%, aos 7.938,21 pontos.
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