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Pacote de estímulo chinês leva Ibovespa a alta de 1,27% na semana e vê dólar acumular queda de 1,53% nos últimos 5 dias

VEja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (27) e o que movimentou os ativos

Em uma sessão marcada pela forte oscilação, o Ibovespa encontrou dificuldade para se manter em terreno positivo, com os recuos dos papéis da Petrobras e da Vale, além do avanço dos juros futuros.

O índice encerrou o dia em queda de 0,21%, aos 132.730 pontos, variando entre 132.628 pontos na mínima e 133.923 pontos na máxima.

Ibovespa hoje

No acumulado da semana, o índice avançou 1,27%, embalado pela divulgação de um pacote de medidas de estímulo à economia chinesa.

O volume financeiro do índice foi de R$ 17,8 bilhões e de R$ 22,7 bilhões na B3.

As ações da Vale conseguiram avançar durante boa parte da sessão, mas passaram a cair no fim do dia e fecharam em queda de 0,45%, a R$ 63,96.

Investidores reagiram à notícia de que a Cosan pode vender sua participação na companhia, segundo a agência Bloomberg.

Já as ações PN de Petrobras recuaram 0,39%, a R$ 36,11, e as ON caíram 0,40%, a R$ 39,52.

Em Nova York, a sessão foi de recuo do Nasdaq e do S&P 500, que caíram 0,39% e 0,13%, respectivamente. Já o índice Dow Jones conseguiu terminar o dia no positivo, com uma alta de 0,33%.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão em leve queda, recuando também 1,53% no acumulado dos últimos cinco dias e marcando a quarta semana seguida de depreciação da divisa americana frente ao real (a maior sequência de depreciação do dólar neste recorte semanal para 2024).

O que vem beneficiando o real é a perspectiva do alargamento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, principalmente porque o Banco Central vem reforçando seu tom conservador sobre sua política monetária.

Outro catalisador nesta semana foram os anúncios de estímulos à economia chinesa, que permitiram com que moedas ligadas a China e a commodities fossem as mais beneficiadas da semana.

Assim, terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial exibiu depreciação de 0,12%, cotado a R$ 5,4365, depois de ter tocado na mínima de R$ 5,4258 e encostado na máxima de R$ 5,4576.

Já o euro comercial teve depreciação de 0,25%, a R$ 6,0685, enquanto na semana a divisa europeia recuou 1,52%.

No acumulado semanal, o melhor desempenho das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor foi do peso chileno, com o dólar recuando cerca de 3,39% contra a divisa perto do horário de fechamento.

A moeda americana também caiu 1,96% ante o rand sul-africano; 1,66% ante o won sul-coreano; e 1,38% ante o dólar australiano.

Bolsas de Nova York

Os principais índices acionários de Nova York encerraram o dia sem direção única, com maior viés de queda, mas no acumulado da semana registraram alta.

Os ganhos se deram em meio ao aumento das perspectivas de que o Federal Reserve (Fed) fará mais cortes nos juros.

Dados divulgados hoje mostrando uma desaceleração da inflação corroboraram esse cenário.

Dow Jones teve alta de 0,33%, a 42.313,00 pontos, atingindo novo recorde de fechamento.

O índice S&P 500 caiu 0,13%, a 5.738,17 pontos, e o Nasdaq recuou 0,39%, a 18.119,59 pontos, sob pressão de perdas em ações de tecnologia.

Na semana, o Dow Jones subiu 0,59%, o S&P 500 ganhou 0,62% e o Nasdaq avançou 0,95%.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus fecharam a sexta-feira (27) em alta, com o DAX atingindo novos recordes em meio à publicação de dados mostrando o arrefecimento da inflação na região e, também, embalados pelo bom humor com os estímulos anunciados por autoridades para a economia chinesa.

O índice Stoxx 600 subiu 0,47%, a 528,08 pontos, o CAC 40, de Paris, teve alta de 0,64%, para 7.791,79 pontos, o DAX, de Frankfurt, escalou 1,22%, a 19.473,63 pontos, e o FTSE 100, de Londres, avançou 0,43%, a 8.320,76 pontos.

Na semana, o Stoxx 600 subiu 2,63%, o CAC ganhou 3,89%, o DAX escalou 4,03% e o FTSE avançou 1,10%.

Dados publicados hoje mostram que a taxa de inflação da França desacelerou de 2,2% em agosto para 1,5% em setembro, e a da Espanha, de 2,4% para 1,7%.

Os números fizeram os investidores aumentarem as expectativas de que a inflação na zona do euro também possa desacelerar, o que eleva as chances de mais cortes nas taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) mês que vem.

O mercado também se beneficiou com os anúncios vindos da China, após o banco central do país cortar o requisito de reserva para os bancos a partir desta sexta-feira, como parte das medidas anunciadas nesta semana para ajudar a indústria imobiliária e apoiar os mercados financeiros.

No front corporativo, o setor ligado a produtos químicos liderou os ganhos, subindo 2,75%, seguido do setor de automóveis, que avançou 2,23%.

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