Pressionado por commodities e juros futuros, Ibovespa fecha em queda de 1,18%
A falta de notícias positivas vindas da China e a desvalorização das commodities pressionaram o índice
O Ibovespa fechou a sessão em queda de 1,18%, aos 129.962,06 pontos nesta quarta-feira (9), patamar que não atingia há dois meses. Já o dólar subiu 1%, cotado a R$ 5,58. A falta de notícias positivas vindas da China e a desvalorização das commodities pressionaram o índice brasileiro ao longo de toda a sessão.
Ibovespa
Além das baixas nas petroleiras e mineradoras, a alta dos juros de longo prazo penalizou as ações cíclicas domésticas, que lideraram a perdas.
Na mínima intradiária, o índice chegou a 129.719 pontos, enquanto na máxima tocou os 131.520 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 15 bilhões no Ibovespa e de R$ 20 bilhões na B3.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,03%; o S&P 500 avançou 0,71% e o Nasdaq ganhou 0,60%.
As ações ordinárias da Vale recuaram 0,26%, cotadas a R$ 60,96 e a CSN Mineração ON perdeu 2,48%.
Já a Petrobras PN contraiu 1,01% e a ON recuou 0,78%.
Liderando as perdas ficaram Yduqs ON e Cogna ON, que contraíram 6,45% e 6,34%, respectivamente.
Na ponta positiva ficou Usiminas PNA, que subiu 4,49%, após o Morgan Stanley elevar recomendação de neutra para compra.
Dólar
O dólar comercial estendeu a apreciação da última sessão, ainda por conta do ajuste de expectativas dos investidores sobre os estímulos à economia chinesa.
Diante disso, os preços de commodities voltaram a ser pressionados, penalizando moedas ligadas a tais matérias-primas.
Além disso, houve também um ajuste em relação aos ativos de risco por conta do tom mais cauteloso do Federal Reserve (Fed), com a indicando uma postura não muito “dovish” (favorável ao afrouxamento monetário) por parte de seus integrantes.
Terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial encerrou em alta de 1%, cotado a R$ 5,5875, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,5331 e tocado na máxima de R$ 5,5981.
Já o euro comercial exibiu valorização de 0,64%, a R$ 6,1119.
No exterior, o índice DXY avançava 0,37%, aos 102,932 pontos perto das 17h15.
Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quarta-feira em alta firme, com o Dow Jones e o S&P 500 em nova máxima histórica, em dia com ganhos liderados pelos setores de tecnologia (+1,01%) e de saúde (+1,02%).
Participantes do mercado deixaram em segundo plano as preocupações geopolíticas e a alta dos juros dos Treasuries e mantiveram o otimismo com as ações americanas na sessão, apesar da adoção de um tom mais “hawkish” pelo Federal Reserve (Fed) na ata da reunião de setembro.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,03%, cotado a 42.512,00 pontos; e o S&P 500 subiu 0,71%, aos 5.792,04 pontos.
Já o índice eletrônico Nasdaq avançou 0,60%, aos 18.291,62 pontos.
O índice de volatilidade VIX, considerado pelos investidores o “termômetro do medo” em Wall Street, encerrou o pregão em queda de 2,52%, aos 20,88 pontos.
O contexto foi de melhora no sentimento dos agentes financeiros com as ações americanas.
Já no início da semana, os estrategistas de renda variável do Goldman Sachs elevaram a projeção para o S&P 500 no fim deste ano de 5,6 mil pontos para 6 mil pontos, enquanto a meta para o índice nos próximos 12 meses passou para 6,3 mil pontos, o que implicaria um retorno de 10%.
No setor de tecnologia, a ação da Microsoft fechou em alta de 0,66% e a da Apple ganhou 1,67%. Já no setor de saúde, um dos destaques do dia foi o papel da UnitedHealth, que teve alta de 1,66%.
Bolsas da Europa
As principais bolsas da Europa encerraram o dia em alta, impulsionadas por dados fortes de exportação da Alemanha.
Contudo, as preocupações com a falta de novos estímulos para a economia chinesa limitaram movimentos positivos mais expressivos.
O índice Stoxx 600 subiu 0,66%, a 520,06 pontos.
O CAC 40, de Paris, teve alta de 0,52%, para 7.560,09 pontos.
O DAX de Frankfurt, por sua vez, avançou 0,99% a 19.254,93 pontos.
O FTSE, de Londres, por sua vez, subiu 0,65%, a 8.243,74 pontos.
Dados divulgados pela manhã mostraram que as exportações da Alemanha cresceram 1,7% em agosto, número superior ao 1,0% de ganho projetado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
Os dados positivos melhoram o humor frágil dos mercados europeus e asiáticos, que, agora, aguardam a coletiva de imprensa do Ministério das Finanças do país, no sábado, na expectativa por novidades sobre estímulos.
Entre as ações europeias, o destaque negativo ficou com a alemã Bayer, que afundou mais de 7%, depois que um tribunal dos EUA disse que analisaria um caso alegando que produtos feitos pela Monsanto, unidade da empresa, causaram danos à saúde de três pessoas.
*Com informações do Valor Econômico
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