Puxada por Vale e bancos, Ibovespa fecha em forte alta de 1,31%; dólar cai
Índice voltou a bater os 136.110,73 pontos enquanto dólar caiu 0,03%, cotado a R$ 5,63
O Ibovespa fechou em alta de 1,31% e voltou a bater os 136.110,73 pontos, nesta quarta-feira (4). Já o dólar teve queda de 0,03%, cotado a R$ 5,63. O índice brasileiro foi puxado pelas ações da Vale e de bancos, em meio à queda dos juros futuros.
A bolsa acelerou a alta após vagas em aberto do mercado de trabalho dos Estados Unidos terem vindo abaixo das estimativas, o que abre espaço para um corte de juros maior do Federal Reserve (Fed).
Ibovespa
As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçando o compromisso fiscal do governo, também contribuíram para o bom humor dos investidores.
No fim do dia, o Ibovespa subiu 1,31%, aos 136.111 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 134.359 pontos e, na máxima, os 136.838 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 1715h) foi de R$ 16,99 bilhões no Ibovespa e R$ 21,7 bilhões na B3 .
Dólar
O dólar à vista exibiu leve desvalorização, quase perto da estabilidade, mesmo após dados mais fracos de emprego nos Estados Unidos, que tiraram a força da moeda americana na maioria dos mercados no exterior.
Moedas ligadas a commodities passaram a buscar recuperação após a divulgação dos números de vagas de trabalho não preenchidas nos EUA (Jolts), mas divisas da América Latina tiveram dificuldade de se recuperar.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em queda de 0,03%, a R$ 5,6396, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6159 e tocado na máxima de R$ 5,6616.
Já o euro comercial exibiu valorização de 0,28%, a R$ 6,2468.
No exterior, perto das 17h05, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,48%, aos 101,336 pontos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam o pregão sem direção única e com movimentos modestos. O mercado reagiu neste pregão ao relatório Jolts de julho, que mostrou uma diminuição nas vagas de trabalho em aberto nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo em que o dado corrobora a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), ele mantém os investidores alertas para o risco de recessão da economia americana.
O índice Dow Jones encerrou a sessão em leve alta de 0,09%, a 40.974,97 pontos; o S&P 500 recuou 0,16%, a 5.520,07 pontos; e o Nasdaq caiu 0,30%, a 17.084,30 pontos.
O destaque negativo do dia ficou com o setor de energia, cujas ações acumularam queda conjunta de 1,42% no S&P 500, seguindo o forte recuo do petróleo no mercado futuro.
Já entre papéis específicos, a Dollar Tree despencou 22,16% após o seu balanço trimestral decepcionar as expectativas já conservadoras do mercado. Segundo a rede varejista, as receitas foram prejudicadas por uma diminuição dos gastos de consumidores nos Estados Unidos.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o pregão desta quarta-feira (4) em queda de até 1%, em meio a preocupações com a desaceleração da economia dos Estados Unidos, enquanto os investidores digerem dados econômicos recentes e avaliam as ações futuras do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O setor de tecnologia liderou as perdas, em queda de mais de 3%.
O índice Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados da Europa, fechou em queda de 1,03%, a 514,49 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,83% a 18.591,85 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou baixa de 0,35%, para 8.269,60 pontos, e o CAC 40, de Paris, caiu 0,98%, para 7.500,97 pontos.
O relatório Jolts de vagas de emprego criadas nos Estados Unidos veio abaixo do esperado. Mais dados do mercado de trabalho do país são esperados no final da semana, o que será de grande interesse para os participantes do mercado, diz o Berenberg, em relatório.
“Se o Fed perceber, pela publicação de dados, que a economia dos EUA está caminhando para uma recessão, um ajuste da taxa básica de juros de 0,50 ponto percentual na reunião de setembro não é mais inconcebível”, diz o banco.
Além disso, a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) está marcada para a próxima semana, e a tendência inflacionária e a perspectiva desfavorável contínua para a economia europeia estão aumentando a pressão sobre o BCE para considerar mais cortes nas taxas de juros.
*Com informações do Valor Econômico
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