Mercado

Real se valoriza frente ao dólar, que cai 1,22% e fecha em R$ 5,57; à espera do payroll, Ibovespa tem alta de 0,29%

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (5) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa encerrou em leve alta, apoiado por ações da Vale e de bancos, em meio à cautela de investidores à espera da divulgação do relatório oficial de emprego dos Estados Unidos (“payroll”) amanhã.

O recuo dos juros futuros também beneficiou papéis de companhias ligadas à economia doméstica.

Ibovespa hoje

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,29%, aos 136.502 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 135.959 pontos e, na máxima, os 136.656 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,60 bilhões no Ibovespa e R$ 18,10 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão em forte queda contra o real, fazendo com que a moeda brasileira apresentasse o melhor desempenho entre as 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

A valorização do real se deu em mais uma sessão em que dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos vieram mais fracos do que o esperado, alimentando mais as expectativas em torno do corte de juros nos Estados Unidos.

Operadores mencionaram o diferencial de juros como motivo para um favorecimento da moeda brasileira diante da perspectiva de que o Banco Central possa voltar a subir suas taxas por aqui.

Houve menção também ao alívio da recente valorização do iene como outro gatilho para a recuperação do real hoje.

Terminadas as negociações, o dólar exibiu desvalorização de 1,22%, terminando cotado a R$ 5,5706, perto da mínima do dia, de R$ 5,5701, enquanto a máxima foi de R$ 5,6474.

Já o euro comercial exibiu desvalorização de 0,97%, a R$ 6,1859.

Perto do fechamento, o real tinha o melhor desempenho das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. A moeda brasileira avançava 1,09% ante o peso chileno, 0,90% ante o peso mexicano e 0,79% contra o peso colombiano.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam o pregão sem direção única, com o mercado adotando um comportamento cauteloso na véspera da divulgação do “payroll” de agosto (relatório oficial do mercado de trabalho dos Estados Unidos).

Os investidores não tiveram uma direção clara para operar hoje diante de sinalizações distintas de indicadores da economia americana.

Enquanto o dado de criação de empregos no setor privado da ADP veio abaixo do esperado para o mês passado, a leitura do ISM para o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços superou as expectativas e apontou para uma atividade ainda resiliente.

Assim, o índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,54%, a 40.755,75 pontos; o S&P 500 caiu 0,30%, a 5.503,41 pontos; e o Nasdaq avançou 0,25%, a 17.127,66 pontos.

O destaque positivo do pregão de hoje no S&P 500 foi o setor de consumo discricionário, que subiu 1,4% apoiado pelo salto de 7,7% da Dollar Tree, em movimento de recuperação após a varejista derreter cerca de 20% ontem.

Dentre as principais ações das bolsas nova-iorquinas, Tesla (+4,9%) e Amazon (+2,6%) exibiram altas expressivas.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a quinta-feira (5) em queda, em resposta a uma bateria de dados econômicos mais fracos da região nos últimos dias, que fortaleceram a sensação de desaceleração da economia do bloco.

O índice Stoxx 600 caiu 0,54%, a 512,05 pontos, o DAX, da bolsa de Frankfurt, recuou 0,08%, a 18.576,50 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,34%, para 8.241,71 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,92%, para 7.431,96 pontos.

Destaque do dia, as vendas do varejo da zona do euro subiram 0,1% em julho ante junho, abaixo da expectativa de alta de 0,3%, enquanto, na base anual, foi registrada queda de 0,1%.

Os analistas da Pantheon Macroeconomics acreditam que o número fraco se deve à ausência dos dados da Alemanha na conta.

“Suspeitamos que os números mais recentes parecerão um pouco melhores quando os dados alemães forem adicionados, e continuamos esperançosos de uma recuperação nos próximos meses, já que a lacuna entre o crescimento salarial ainda alto e a queda da inflação continua grande”, dizem os profissionais em nota enviada a clientes.

Por sua vez, o índice de gerente de compras (PMI) do setor de construção da zona do euro ficou em 41,4 em agosto, inalterado em relação a julho, mas indicando uma forte queda em novos pedidos. O PMI de construção do Reino Unido recuou para 53,6 em agosto, abaixo da expectativa de 54,9.

Por fim, na Alemanha, o relatório do Instituto Ifo mostrou que a economia do país vai estagnar em 2024, retirando sua estimativa de projeção de 0,4% para este ano.

Além dos dados da região, os investidores também monitoram os do mercado de trabalho americano, na busca por pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed).

Pela manhã, foi divulgado que os EUA criaram 99 mil vagas de trabalho no setor privado em agosto, número bem menor que o consenso de 140 mil.

Na véspera, o relatório Jolts de julho também chamou atenção ao mostrar um número de vagas em aberto menor do que no mês anterior.

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