Mercados financeiros hoje: dados da China e balanço da Netflix aumentam apetite a risco
Os mercados locais ficam sujeitos à volatilidade em Nova York, mas a reação aos indicadores positivos e medidas de estímulo na China podem ter impacto positivo na B3
Discursos de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e dados de construções de moradias iniciadas, além de balanços da American Express e Procter & Gamble movimentam os mercados nesta sexta-feira. Com a agenda interna esvaziada, serão acompanhados também os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do programa de crédito Acredita, voltado aos pequenos empreendedores.
Exterior
Os índices acionários em Nova York e na Europa sobem na maioria, acompanhando o avanço das bolsas na Ásia em reação a dados positivos da China. O PIB do terceiro trimestre ficou dentro do previsto e vendas no varejo e produção industrial de setembro acima das previsões. Foram anunciados ainda novos incentivos para recompra de ações, em tentativa de estabilizar as bolsas no país. Os principais bancos comerciais da China cortaram também suas taxas de depósito pela segunda vez neste ano. A Netflix é destaque em Wall Street, com salto de quase 6% no pré-mercado, após garantir lucro trimestral maior que o esperado. Os juros dos Treasuries divergem e o dólar recua à espera de novos discursos de dirigentes do Fed e indicadores, mantendo atenções nas eleições no país em meio a crescente temor com o déficit fiscal e inflação nos EUA.
Brasil
Os mercados locais ficam sujeitos à volatilidade em Nova York, mas a reação aos indicadores positivos e medidas de estímulo na China podem ter impacto positivo na B3. Podem limitar o movimento a queda de 1,55% do minério de ferro em Dalian e o leve recuo do petróleo. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil em NY, subia 0,88% no pré-mercado nesta manhã. O ADR da Vale avançava 0,93% e o da Petrobras subia 0,35%. Os investidores repercutem ainda notícias corporativas e relacionadas ao quadro fiscal. A possibilidade de a União ajuizar ações rescisórias (usadas para cancelar sentenças com trânsito em julgado) contra créditos da “tese do século” alcança 1.023 processos e envolve cerca de R$ 2,8 bilhões. O julgamento no STF termina nesta sexta-feira, mas já há maioria formada a favor da União.
*Agência Estado