Notícias

Mercados financeiros hoje: exterior fica sem tração antes de PIB dos EUA e decisão do BCE

No Brasil, bolsa opera normalmente em dia de feriado municipal em São Paulo

Mãos segurando celular que mostra na tela gráficos utilizidados no day trade. Foto: Adobe Stock
O day trader precisa conhecer as estratégias básicas e os tipos de ações mais recomendados. Foto: Adobe Stock

A quinta-feira traz uma agenda internacional movimentada, com anúncio de decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e entrevista coletiva de sua presidente, Christine Lagarde durante a manhã. Em paralelo, nos Estados Unidos, serão publicadas as leituras do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação PCE, entre outros dados de atividade do país. Balanços corporativos de American Airlines, Intel e Visa estão previstos também.

No Brasil, os destaques são os leilões de títulos do Tesouro e a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Apenas no início da noite há previsão de evento público com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que devem participar de solenidade dos 90 anos da USP, em São Paulo.

Bolsas externas operam sem direção única

As bolsas internacionais têm direções divergentes, com os futuros de Nova York em alta majoritária e as europeias em baixa em meio à espera da decisão do BCE e dos indicadores e balanços americanos, principalmente a primeira leitura do PIB dos EUA, que deve nortear as expectativas econômicas e de política monetária.

Para o BCE, a sinalização é de que a flexibilização de juros poderá iniciar no verão europeu (junho a setembro) e, no caso do Federal Reserve, as apostas majoritárias ontem apontavam para maio.

Em Nova York, após a divulgação de balanços trimestrais no fim da tarde de ontem, a ação da Tesla sofria um tombo de 8,15%, pressionando o Nasdaq futuro, e a da IBM saltava 7,48% nos negócios do pré-mercado por volta das 6h20.

Na Europa, houve uma inesperada queda do índice de sentimento das empresas da Alemanha para 85,2 pontos em janeiro, ante 86,3 pontos em dezembro, mas o euro e a libra ganharam força, pressionando o dólar para baixo frente moedas rivais, além da queda dos juros dos Treasuries. O petróleo amplia ganhos de ontem e avança mais de 1% em meio também a persistentes tensões no Oriente Médio.

No Brasil, Vale fica no radar

Com a agenda interna vazia, os ajustes locais devem ser influenciados pela volatilidade dos ativos lá fora, mas a alta forte do petróleo pode beneficiar as ações da Petrobras na B3, que opera normalmente em meio ao feriado municipal em São Paulo, em comemoração ao aniversário da cidade. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, subia 0,52% às 7h18 no pré-mercado em Nova York.

Inquietação com a Vale não é descartada também em meio a uma nova onda de rumores de que o governo estaria pressionando acionistas da companhia a apoiar a indicação do ex-ministro Guido Mantega para o cargo de CEO. Do lado fiscal, são esperadas novidades apenas na próxima semana. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião para segunda-feira, 29, para arbitrar os principais temas que geraram atrito entre deputados e o governo neste início de 2024, como a medida provisória da reoneração e o veto às emendas de comissão. A ideia é discutir estes pontos antes mesmo do início das atividades legislativas, marcado para o dia 5 de fevereiro. Já o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o Voa Brasil, será anunciado em 5 de fevereiro, e passará a valer no mesmo dia. Segundo o ministro, o governo criará um fundo de até R$ 6 bilhões para financiar a aviação civil, trabalha para baixar o preço do querosene, e que há “sensibilidade” da Petrobras sobre o assunto.

*Agência Estado