Notícias

Mercados financeiros hoje: exterior repercute corte de juros na China

No Brasil, principal indicador da semana é o IPCA-15, que será divulgado na quinta-feira

O IPCA-15 de outubro e o balanço da Vale ficam em destaque no Brasil nesta semana. Hoje o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do evento “Annual Trip Brazil-Chile” e o BC faz reunião trimestral com economistas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, viajam para Washington para as reuniões anuais do Fundo do Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. A semana termina com eleições municipais de segundo turno no domingo. Lá fora entre os balanços esperados estão os da Tesla, Deutsche Bank e Barclays. O Fed divulga o Livro Bege e a Cúpula dos Brics se reúne na Rússia. Hoje são esperados discursos de três dirigentes regionais do Fed.

Exterior

Os mercados internacionais repercutem o corte de juros na China, enquanto aguardam por discursos de vários dirigentes do Fed. O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) cortou as principais taxas de juros em 25 pontos-base. Para a Capital Economics, mais flexibilização monetária virá adiante, mas “uma reviravolta significativa no crescimento econômico exigiria uma resposta fiscal maior”.

As bolsas europeias e futuros de Nova York operam em baixa, em semana de vários balanços corporativos. Nas próximas horas, o gigante de software alemão SAP, que responde por cerca de 15% na Bolsa de Frankfurt, divulga resultados. O petróleo sobe mais de 1%, após cair ao redor de 8% na semana passada. Além de China, o mercado da commodity segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio envolvendo Israel e outros países, em especial a escalada da ofensiva no Líbano.

Brasil

A falta de tração no exterior pode comprometer o apetite ao risco no Brasil, já afetado pela piora da percepção fiscal, que levou o dólar a superar R$ 5,70 na última sexta-feira, no intraday, sendo a divisa com pior desempenho ante pares. Especialistas apontam que, sem a desconfiança fiscal e fatores externos, o dólar estaria em torno de R$ 5,10, alinhado à tendência de outras moedas emergentes. O ETF brasileiro EWZ caía 0,43% no pré-mercado às 7h15, enquanto o ADR da Petrobrás subia 0,54% com a alta do petróleo. O ADR da Vale também registrava ganhos, em meio à alta de 1,45% do minério de ferro e um acordo sobre Mariana. O presidente Lula afirmou que o programa Acredita será o último de seu governo, que agora focará nos resultados das políticas públicas e a expectativa de sua administração é de crescimento acima de 3% do PIB em 2024.

*Agência Estado