Mercados hoje: ata do Copom e inflação nos EUA são destaques da agenda econômica
Mercado discute neste momento se o atual ciclo de alta dos juros acabou ou se Copom pode fazer um aperto adicional na reunião de junho
A ata da decisão de juros de semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) é o principal destaque da agenda doméstica desta terça-feira (13). O documento deve trazer mais detalhes sobre a escalada da taxa básica de juros, de 14,25% para 14,75% ao ano.
O Copom justificou a alta da Selic apontando que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho apresentam dinamismo acima do esperado. Ainda que as autoridades tenham observado ‘uma incipiente moderação no crescimento’.
Economistas consultados pelo levantamento do BC cortaram as projeções para a inflação ao final de 2025 de 5,53% para 5,51%. Para 2026, a mediana das expectativas para a inflação recuou de 4,51% para 4,50%. Para 2027, seguiu em 4,00%.
Para a taxa básica de juros, a mediana das expectativas manteve-se em 14,75% no fim de 2025 pela 16ª semana consecutiva.
Inflação nos EUA
No exterior, os números de abril da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos serão observados. A inflação deve ter subido em abril na base mensal, com a estimativa alta de 0,3%, enquanto deve manter a taxa anualizada em 2,4%.
Em comunicado, divulgado após decisão de juros nos EUA, na semana passada, o banco central americano ressaltou que a inflação no país permanece relativamente elevada. Com isso, a expectativa por lá também é de juros altos por mais tempo.
Como fecharam as bolsas na segunda-feira
A trégua comercial entre Estados Unidos e China teve reflexo expressivo nos índices americanos, mas o movimento no Ibovespa B3 foi mais “contido” nesta segunda-feira.
O índice fechou próximo à estabilidade, com leve alta de 0,04%, aos 136.563 pontos. O volume financeiro do índice foi de R$ 18,6 bilhões e de R$ 24,4 bilhões na B3.
Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 2,39%, enquanto as ações ordinárias da petroleira (PETR3) avançaram 2,71%. Já as ações da Vale (VALE3) tiveram ganhos de 2,51%. Papéis como Braskem (BRKM5) e Prio (PRIO3) também foram destaque de alta, em um dia favorável para companhias de matérias-primas, com altas de 6,05% e 5,15%.
Por outro lado, as ações do IRB (IRBR3) lideraram as perdas, com um recuo de 4,51%.
O dólar à vista exibiu valorização frente ao real. Encerradas as negociações, a moeda americana exibiu valorização de 0,53%, cotado a R$ 5,6849, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6605 e batido na máxima de R$ 5,7059.
Já o euro comercial recuou 0,93%, a R$ 6,3060.
Bolsas de NY
O acordo firmado entre os Estados Unidos e a China, determinando uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, impulsionou o bom humor entre os agentes financeiros e o apetite ao risco, levando as principais bolsas de Nova York a um movimento de forte alta na segunda.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 2,81%, aos 42.410,10 pontos; o S&P 500 ganhou 3,26%, aos 5.844,19 pontos; e o Nasdaq teve alta de 4,35%, aos 18.708,344 pontos, uma alta de 22,53% desde a mínima registrada neste ano no começo da guerra comercial.
O setor de tecnologia foi um dos destaques no dia, com valorização de 4,66%.
Com informações do Valor Econômico.
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