Mercados hoje: investidores repercutem ata do Copom
Ata defende posição do comitê de manter o atual patamar de juros por período prolongado, mas abre espaço para ajustes
Nesta terça-feira (16), o principal destaque no mercado será a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, os membros do colegiado decidiram, por unanimidade, manter a Selic em 15% ao ano, decisão que era amplamente esperada pelos investidores.
“O Comitê avalia que a condução cautelosa da política monetária tem contribuído para se observar ganhos desinflacionários e, mais uma vez, reafirma o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta”, diz o documento.
A ata defende a posição do comitê de manter o atual patamar de juros por período prolongado, mas abre espaço para ajustes. “O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. O Comitê avalia que a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que, como usual, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, destaca.
No cenário externo, os investidores devem acompanhar dados de emprego nos EUA, com a divulgação do payroll. O relatório será publicado em uma terça-feira em vez da primeira sexta-feira do mês, como de costume, por conta do impacto da longa paralisação do governo.
Veja como foi o último fechamento do mercado
O Ibovespa B3 começou a semana com alta de 1,07%, aos 162.481,74 pontos, mais uma vez na contramão das bolsas do exterior. O principal índice de ações da bolsa de valores brasileira subiu nesta segunda-feira (15) refletindo o maior otimismo com o cenário de juros. O principal fator do dia foi a divulgação da ‘Prévia do PIB’, que recuou e favoreceu a visão de uma baixa na Selic em breve.
Já o câmbio voltou a se valorizar ante o real, com o retorno da aversão a risco no exterior, mesmo após passar boa parte do dia em recuo. No fim, o dólar comercial subiu 0,23%, a R$ 5,42.