Mercados hoje: investidores repercutem decisão do Copom e tarifas de Trump
Apesar da manutenção da Selic já ser esperada, investidores especulam sobre quando terá início o ciclo de afrouxamento monetário
Nesta quarta-feira (30), após o fechamento do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15%. Apesar da decisão já ser esperada pelo mercado, os investidores agora especulam sobre quando terá início o ciclo de afrouxamento monetário, ou se ainda haverá necessidade de novas elevações.
Segundo o comunicado, o colegiado “seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”.
Além disso, o mercado segue calculando os impactos da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros exportados, mas com uma série de exceções. Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a lista de exceções da tarifa de importação de produtos brasileiros pelos EUA corresponde a 43,4% do total de US$ 42,3 bilhões comercializados entre os dois países.
“Embora essas exceções atenuem parcialmente os efeitos da tarifa de 50% anunciada, a Amcham reforça que ainda há um impacto expressivo sobre setores estratégicos da economia brasileira. Produtos que ficaram de fora da lista continuam sujeitos ao aumento tarifário, o que compromete a competitividade de empresas brasileiras e, potencialmente, cadeias globais de valor”, destacou a entidade, em nota.
Em termos de indicadores, no cenário interno, o mercado aguarda a divulgação da taxa de desemprego do segundo trimestre. Já no externo, a principal novidade será os dados de inflação dos Estados Unidos.
Veja como foi o último fechamento do mercado
O Ibovespa B3 terminou a quarta-feira (30) em alta de 0,95%, aos 133.989,74 pontos. A virada no principal índice de ações do mercado brasileiro veio após a publicação do decreto de Donald Trump, com a boa notícia da retirada de itens específicos da lista de tarifados. Já o dólar fechou com alta de 0,38%, a R$ 5,59.
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