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Quais são as oportunidades e os riscos para o crescimento econômico da América Latina?

Painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, apontou os principais desafios da América Latina nos próximos anos

A economia da América Latina se mostrou resiliente na recuperação pós pandemia. A expectativa agora é de um crescimento de 2,5% em 2025, em meio a condições econômicas mais favoráveis, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, a região continua a enfrentar desafios estruturais para impulsionar a prosperidade social e econômica. 

Os potenciais e os riscos para um crescimento pleno da região foram tema de painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quarta-feira, 22. Segundo Alberto Leo Van Klaveren Stork, Ministro das Relações Exteriores do Chile, a América Latina sempre foi vista como grande promessa que não se cumpre, mas que vem mostrando sua resiliência e papel essencial no futuro da economia global. 

“O mais importante da América da Latina é seu potencial pela alocação de recursos, que são muito importantes para a economia mundial, como alimentos, minerais, água e ecologia. Ela também pode ser muito importante numa transição para uma economia mais verde e sustentável”, destaca o ministro. 

Outro ponto visto como essencial para o crescimento da região, de acordo com Fernando Honorato Barbosa, economista-chefe do Bradesco, é o destaque que a América Latina tem em relação às commodities.  

“Podemos fazer a diferença se ficarmos à parte das brigas comerciais de grandes nações, como EUA e China, que são grandes parceiros comerciais”, ressaltou. 

Também presente na discussão Linda Kirkpatrick, presidente da Mastercard nas Américas, destacou o potencial que a região tem ao levar a inclusão financeira para maioria de sua população. Ela citou o ambiente digital como acelerador do processo, apesar de trazer riscos que devem ser combatidos. 

“O avanço do ambiente digital pode funcionar como potencial, mas também gerar riscos. Eles geram inclusão para os pequenos negócios, mas também aumento dos golpes e fraudes. Esses ciberataques contra populações menos favorecidas podem gerar um abalo econômico perigoso na sociedade. Por isso, precisamos nos unir para criar um ambiente digital sustentável”, apontou. 

Desafios para a América Latina

Do lado dos riscos macroeconômicos, o economista-chefe do Bradesco trouxe os desafios em relação ao risco fiscal.  “Vemos que existe uma alta de inflação global, o que pode prejudicar a região por essa falta de equilíbrio”. 

Já o ministro chileno afirmou que as tensões globais e o comércio fragmentado são pontos de atenção para os países da região, já que podem desencadear problemas para a evolução da América Latina como um todo. Por fim, também classificou a dificuldade de melhorar a produtividade da economia, por falta de mão de obra qualificada, que costumam deixar a região para mercados mais desenvolvidos. 

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