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Quedas na soja, minério, milho e arroz puxam deflação no atacado no IGP-DI de fevereiro

O IGP-DI saiu de uma queda de 0,27% em janeiro para uma redução de 0,41% em fevereiro. Em 12 meses, o índice acumula queda de 4,04%

Saco de milho aberto e a mão de um homem recolhendo um punhado do grão
O IFMILHO B3 acompanha uma carteira teórica de contratos futuros de milho e refletirá a variação de preço da commodity. Foto: Adobe Stock

As quedas nos preços de grandes commodities puxaram a deflação no atacado medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O ranking de maiores contribuições negativas inclui os recuos significativos na soja em grão (-10,02%), minério de ferro (-4,94%), farelo de soja (-9,65%), milho (-5,27%) e arroz em casca (-4,18%).

O IGP-DI saiu de uma queda de 0,27% em janeiro para uma redução de 0,41% em fevereiro. Em 12 meses, o índice acumulou queda de 4,04%.

“O índice ao produtor apresentou uma nova queda, com um espectro mais amplo de itens influenciando esse movimento. Destacam-se as variações significativas em produtos como o minério de ferro, que passou de um aumento de 2,27% para uma redução de 4,94%, o milho, que mudou de um leve acréscimo de 0,07% para uma queda de 5,27%, e o arroz, que foi de um crescimento de 3,72% para uma diminuição de 4,18%. Apesar desses recuos, a redução geral do Índice de Preços ao Produtor (IPA) não foi mais acentuada devido à elevação nos preços de itens como os ovos, que saltaram de uma queda de 4,86% para um expressivo aumento de 12,97%, e o leite in natura, que viu seu preço crescer de 0,39% para 4,35%”, ressaltou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de um recuo de 0,59% em janeiro para uma queda de 0,76% em fevereiro.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais desacelerou de uma alta de 0,57% em janeiro para um avanço de 0,50% em fevereiro, tendo como principal contribuição o subgrupo bens de investimento, cuja variação passou de 0,33% para -0,87% no período.

O grupo Bens Intermediários passou de -1,18% em janeiro para -0,17% em fevereiro, influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -5,80% para 0,74%.

O grupo das Matérias-Primas Brutas saiu de queda de 1,12% em janeiro para recuo de 2,70% em fevereiro, puxado pelos itens minério de ferro (de 2,27% para -4,94%), milho em grão (de 0,07% para -5,27%) e mandioca/aipim (de 5,76% para -0,54%). As taxas tiveram tendência ascendente na soja em grão (de -11,28% para -10,02%), leite in natura (de 0,39% para 4,35%) e cana-de-açúcar (de -1,33% para -0,16%).

*Agência Estado

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