Setor de serviços cresce 0,3% em junho e registra a quinta alta seguida
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, setor de serviços avançou 2,8%

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O volume do setor de serviços cresceu 0,3% em junho em relação a maio, informou nesta quinta-feira, 14, o IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 2,8%.
Com o resultado, o setor atingiu o patamar mais alto da série histórica, e se encontra 18% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). Vale destacar que o setor de serviços é o que possui o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB).
Na parcial do ano, o crescimento é de 2,5%. No acumulado em 12 meses até junho, o setor registrou alta de 3%, mantendo o ritmo de crescimento frente ao observado em maio de 2025.
Serviços de transporte são destaque
A alta no mês foi sustentada pelos serviços de transportes, que registraram a única taxa positiva de junho, com crescimento de 1,5%.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, foi identificado um crescimento mais acentuado tanto do transporte de cargas como do aéreo de passageiros.
“O avanço do transporte aéreo está correlacionado com o menor preço das passagens aéreas nos últimos três meses, o que aumentou a receita real das empresas aéreas”, explicou. “Já o transporte de cargas está relacionado com um dinamismo um pouco maior da economia, porque esse segmento está ligado ao escoamento de safra, insumos e bens industriais”.
Entre os demais setores, todos com taxas negativas, destacam-se as perdas no ramo de outros serviços (-1,3%), e nos serviços prestados às famílias (-1,4%). Houve também queda em informação e comunicação (-0,2%) e profissionais, administrativos e complementares (-0,1%).
Perspectivas
A expectativa entre analistas é de desaceleração gradual no ritmo da economia brasileira ao longo do ano sob o impacto do aperto monetário realizado pelo Banco Central, que começa a aparecer de forma mais clara e afeta o crédito. A taxa básica de juros Selic está atualmente em 15% e o BC já indicou que ela seguirá em patamar elevado por tempo prolongado.
Por outro lado, ainda sustentam o consumo um mercado de trabalho aquecido com massa salarial robusta, enquanto pesam as incertezas provocadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras que entraram em vigor neste mês.
A estimativa atual do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 está em 2,21%, segundo a última pesquisa Focus do BC. Em 2024, o avanço foi de 3,4%.
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