Taxa de desemprego estaciona na mínima histórica de 5,6% em agosto, mostra IBGE
Apesar de ter estacionado, a taxa de desocupação caiu 0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (6,2%) e 1 p.p. ante o mesmo trimestre de 2024 (6,6%)

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A taxa de desemprego no Brasil se manteve em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, repetindo assim o patamar mais baixo da série história iniciada em 2012, mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira, 16, pelo IBGE.
No trimestre encerrado em julho, o país tinha registrado pela primeira vez a taxa de 5,6%.
O resultado veio dentro do esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 5,6% no período.
Apesar de ter estacionado, a taxa de desocupação caiu 0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (6,2%) e 1 p.p. ante o mesmo trimestre de 2024 (6,6%).
Apesar do mercado de trabalho aquecido, ainda são 6,1 milhões de pessoas desempregadas no país. O número, porém, é o menor da série histórica e representa uma queda de 9,0% (menos 605 mil pessoas) frente ao trimestre até maio. Em relação ao mesmo período de 2024, a redução foi de 14,6% (menos 1 milhão de pessoas).
Outros recordes
O contingente de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões no trimestre até agosto, alta de 1,8% (mais 1,9 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2024. Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, e se manteve no patamar mais alto da série histórica.
O número de empregados com carteira assinada também foi recorde (39,1 milhões), com alta de 3,3% (mais 1,2 milhão de pessoas) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado somou 13,5 milhões, com queda de 3,3% (menos 464 mil pessoas) no ano.
“O mercado de trabalho aquecido proporciona uma alteração do perfil das contratações, pois com menor disponibilidade relativa de mão de obra, as contratações somente acontecem com mais benefícios para os trabalhadores, como a carteira assinada por exemplo”, afirmou o analista da pesquisa, William Kratochwill.
Queda no número de trabalhadores domésticos
A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 5,6 milhões de pessoas, teve queda de 3,3% no confronto com o trimestre anterior e de 3,4% (menos 197 mil pessoas) em um ano.
“Muitas vezes, em momentos mais difíceis da economia, as pessoas migram para os serviços domésticos. O que podemos estar presenciando é o movimento contrário, onde os trabalhadores identificam melhores oportunidades de trabalho, com melhores condições e rendimentos, e deixam os serviços domésticos”, avalia William.
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