Vendas do comércio caem 0,2% em maio e registram 2º mês negativo seguido
Apesar do resultado negativo, varejo ainda acumula avanço de 3% em 12 meses

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As vendas no comércio varejista caíram 0,2% na passagem de abril para maio, marcando o segundo mês seguido de queda, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 8, pelo IBGE. Na comparação com maio de 2024, houve alta de 2,1% no volume de vendas.
Apesar do resultado negativo, varejo ainda acumula avanço de 3% em 12 meses.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,3% em maio. Frente ao mesmo período de 2024, houve alta de 1,1%. O acumulado em 12 meses foi de 2,4%.
O resultado veio em linha com o esperado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,20% na comparação mensal e de avanço de 2,40% sobre um ano antes.

O que puxou a queda no varejo
Entre as atividades, as quedas ficaram por conta de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (2,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%).
Houve, porém, variações positivas no volume de vendas de cinco das oito atividades do comércio varejista:
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%), Móveis e eletrodomésticos (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças cresceu 1,5%, enquanto Material de Construção apresentou estabilidade na passagem de abril para maio de 2025.
“O resultado de maio sugere certa acomodação num dos componentes mais relevantes para a atividade brasileira depois de meses de política monetária restritiva. Isso reforça a hipótese que os juros devem permanecer no atual patamar e podem eventualmente até cair já no final de 2025”, avaliou o economista André Perfeito.
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