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Vendas do comércio recuam 0,1% em junho, terceira queda seguida

Mercado esperava avanço de 0,70% na atividade varejista no mês de junho

Com ISTOÉ Dinheiro

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As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 0,1% na passagem de maio para junho, marcando a terceira queda mensal seguida. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 13, pelo IBGE.

Já na comparação com junho de 2024, houve alta de 0,3% no volume de vendas. No acumulado no primeiro semestre, o comércio registrou alta de 1,8% e, nos últimos 12 meses, o ganho foi de 2,7%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 2,5% em junho e o primeiro semestre fechou em 0,5%.

Resultado veio pior que o esperado

A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,70% na comparação mensal e de avanço de 2,40% sobre um ano antes.

Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, os três resultados combinados já dão uma distância de -0,8% em relação a março, quando houve a última alta. “No entanto, março foi justamente o fim de um período que levou ao patamar recorde da série histórica do Índice de Base Fixa. Portanto, um dos fatores para essa queda combinada dos últimos três meses é a base alta de comparação. Outros fatores que também influenciam são a retração do crédito e a resiliência da inflação, no primeiro semestre, em itens-chave, como a alimentação no domicílio”, explicou.

Vendas nos supermercados puxam queda do varejo

Das 8 atividades monitoradas, 5 tiveram queda em junho: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%).

As vendas nos supermercados possui a maior influência no resultado, pois funciona “como um fator âncora, impedindo que o indicador global tenha uma performance pior, já que houve predomínio de taxas negativas no intersetorial”, destaca Santos.

No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 1,8%, assim como Material de construção, com queda de de 2,6% entre maio e junho.

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