Objetivos financeiros

Afinal, é seguro usar os aplicativos de bancos?

Uso de mobile banking cresceu nos últimos anos – e as preocupações com segurança também

Mulher faz pagamento via NFC utilizando o seu smartphone. Foto: Adobe Stock
Tão importante quanto se familiarizar com o mobile banking é conhecer medidas de segurança. Foto: Adobe Stock

Ir ao banco e enfrentar filas ficou no passado desde que os aplicativos e os smartphones se popularizaram. É possível fazer pagamentos, transferências, investir, tudo pela tela do celular.

Se já era grande o número de pessoas usando o mobile banking, depois da pandemia, esse número cresceu mais que o dobro. Segundo um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), havia 92,4 milhões de contas ligadas a aplicativos em 2019. Em 2020, o número saltou para incríveis 198,2 milhões!

Tão importante quanto se familiarizar com o mobile banking é conhecer medidas de segurança para operar os aplicativos bancários. Confira, a seguir, algumas dicas para proteger seus dados e um passo a passo de como agir em caso de furto ou perda do smartphone:

Use o app do seu banco em uma conexão segura

Redes públicas de Wi-Fi, como as disponíveis em transporte coletivo, praças e shoppings, são mais vulneráveis a ataques de hackers. Para acessar o aplicativo do banco ou da corretora, prefira redes domésticas de Wi-Fi, que exigem senha para entrar!

Atente-se aos alertas que seu banco envia por mensagens

Fique atento à sua caixa de SMS para não deixar passar nenhum alerta emitido por bancos quando uma transação é realizada. Outra dica é habilitar notificações do aplicativo para transações e compras via cartão de crédito ou débito.

Além de confirmar aquelas autorizadas de fato, o titular da conta também fica ciente sobre operações não realizadas por ele, o que pode indicar vazamento de dados. Alguns bancos também disparam alertas quando identificam qualquer operação suspeita.

A maioria das instituições financeiras utiliza SMS, mas já há aquelas que emitem avisos via WhatsApp – informe-se com seu banco para saber o canal utilizado.

O que fazer em caso de furto do smartphone?

Além dos ataques hackers, outro meio criminoso de acessar dados é por meio do roubo de smartphones. A Febraban recomenda dois passos de segurança para tal situação.

Primeiro, apagar os dados do seu dispositivo de maneira remota, por meio de outro aparelho celular ou do computador. Se a plataforma usada for Android, é preciso acessar android.com/find, inserir login e senha e clicar em “apagar dispositivo”. Caso seja IOS, é necessário acessar icloud.com, inserir login e senha, ativar a função “localizar iphone” e clicar em “apagar dispositivo”.

O segundo passo é entrar em contato com o canal de atendimento do seu banco para reportar o roubo e requerer o bloqueio de todas as contas e cartões – o site da Febraban disponibiliza para consulta os telefones das centrais de atendimentos dos principais bancos do país, entre outras instituições financeiras.

Proteja seu chip com senha

Outra maneira criminosa de obter dados é por meio do chip. O criminoso o insere em outro celular com o fim de ativar a função “esqueci minha senha” e assim ganhar acesso a contas bancárias. Para anular esse risco, proteja seu chip com senha, uma que seja diferente do PIN, combinação usada para desbloquear a tela do smartphone.

Cuidado com o armazenamento de dados

Se você tem o costume de fazer compras pela internet, nunca deixe seus dados salvos em páginas de e-commerce – o melhor a fazer é preencher as informações do cartão de crédito a cada nova compra. Muitas pessoas também têm o hábito de anotar dados de cartões no bloco de notas do celular, ou mesmo armazenar fotos de documentos e cartões – tais práticas não são recomendadas em nenhuma hipótese!

Vários aplicativos, várias senhas

Se há mais de um aplicativo de banco instalado no seu smartphone, registre senhas diferentes para cada um. A medida pode atrasar a ação de criminosos até que o proprietário do smartphone possa realizar os dois passos de segurança em situações de roubo ou furto, conforme explicado acima.

A segurança é uma tendência!

Não apenas os titulares de contas devem zelar pela segurança de suas transações digitais, mas os bancos também devem oferecer condições cada vez mais seguras para as operações via mobile.

A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022 evidencia a preocupação crescente dos bancos, refletida em maiores investimentos nas áreas de segurança cibernética e Open Finance, sistema criador de novos modelos de negócios digitais com o uso de APIs (sigla em inglês para interface de programação de aplicativos).

A pesquisa mostra que todos os 24 bancos consultados, que detêm 90% dos ativos bancários do país, apontam segurança cibernética como prioridade de investimento em 2022. Em 2021, todos eles citaram o mesmo quesito como principal investimento.

A Febraban esclarece que não há registro de violação da segurança desses aplicativos, dada a tecnologia de ponta empregada pelas instituições financeiras. As fraudes que envolvem aplicativos bancários acontecem em decorrência do furto de celulares, fato que reforça as dicas de segurança citadas acima.

A pesquisa da Febraban ainda afirma que clientes intensificaram o uso de operações em tempo real, como as transações via PIX, e o uso de atendimento online, sobretudo por aplicativos de bancos e mensagens instantâneas. Esse cenário aumentou a expectativa em torno da velocidade, disponibilidade, segurança e eficiência em relação aos serviços bancários.

Dicas de Segurança para PIX

Surgido em 2020, atualmente, o PIX é a principal inovação a transferência instantânea de valores entre uma conta e outra. A maior facilidade também trouxe novas preocupações com a segurança, por isso, confira a seguir algumas dicas para se proteger:

  • Desconfie se o banco ou outra instituição financeira pedir sua senha, já que a Chave PIX é o bastante para realizar a transação;
  • Confira se o pagamento caiu na hora. Transações via PIX são instantâneas, se o valor não chegou após poucos segundos na conta em que deveria cair, pode ter algo errado;
  • Não pague pelas transações. Para pessoas físicas, os pagamentos via PIX são isentos de taxas e qualquer cobrança é indevida.

Seguindo regulamentações adotadas pelo Banco Central (Bacen) para garantir a segurança pública em operações via PIX, algumas medidas vêm sendo implementadas e devem ser conhecidas por quem utiliza a modalidade de transação financeira:

Desde 4 de outubro de 2021, os usuários do PIX passaram a ter o limite de R$ 1.000 para transferências entre pessoas físicas entre 20h e 6h da manhã seguinte. As transações de compras não serão afetadas e seguem os limites atualmente disponíveis;

Atente-se à função “Meus Limites”, dentro dos aplicativos dos bancos. Ali é possível solicitar aumento ou redução dos limites do PIX, de acordo com as necessidades de cada cliente;

Em 16 de novembro de 2021, começou a funcionar o Mecanismo Especial de Devolução, que viabiliza o retorno de um PIX em casos de suspeita de fraude ou falha operacional no sistema. Se houver alguma suspeita, o cliente deve informar ao banco, que fará um bloqueio imediato do valor na conta do usuário recebedor até que a análise seja concluída.

E gostou do conteúdo? Aqui, no Bora Investir, sempre disponibilizamos diversos conteúdos bem completos sobre o mercado financeiro, por isso, navegue entre os nossos conteúdos e fique sempre atualizado(a) sobre o mundo das finanças!

Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.

Sobre nós

O Bora Investir é um site de educação financeira idealizado pela B3, a Bolsa do Brasil. Além de notícias sobre o mercado financeiro, também traz conteúdos para quem deseja aprender como funcionam as diversas modalidades de investimentos disponíveis no mercado atualmente.

Feitas por uma redação composta por especialistas em finanças, as matérias do Bora Investir te conduzem a um aprendizado sólido e confiável. O site também conta com artigos feitos por parceiros experientes de outras instituições financeiras, com conteúdos que ampliam os conhecimentos e contribuem para a formação financeira de todos os brasileiros.