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Comprar um panetone ou investir? Confira opções para aplicar até R$ 100

É possível começar a investir mesmo com valores baixos. Saiba quais são as alternativas

Um dos primeiros sinais da chegada do Natal é o aparecimento de panetones nas prateleiras dos supermercados e vitrines de lojas de doces. Nas redes sociais, as ideias mais diferentes de versões do pão viralizam. Os preços também variam e os mais elaborados chegam a mais de uma centena de reais.

Já pensou em investir esse dinheiro? Muitas pessoas ainda acreditam que para começar, é preciso um grande montante de recursos, mas isso já não é mais verdade.

Nos últimos anos, o mercado brasileiro evoluiu e facilitou o acesso aos investimentos. “Com o PIX, isso ficou ainda mais fácil. Antes, fazer uma transferência podia custar R$ 10, então, para fazer um investimento de R$ 100, você já perdia 10%. Com o PIX, isso fica gratuito”, diz Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial.

“Para investir, não é preciso começar com muito. O que embasa a carteira é planejamento e disciplina. O valor importa menos”, diz Larissa Frias, planejadora financeira do C6.

Confira abaixo as opções para começar a investir com menos de R$ 100.

Investimentos em renda fixa

Tesouro Direto

Existem títulos do Tesouro Direto com aplicação mínima a partir de R$ 30. Uma vantagem, afirma Wis, é que nesse caso não há custo para fazer o investimento. Entre os títulos, há os pós-fixados, os prefixados e os híbridos.

O mais conservador deles, o título pós-fixado chamado de Tesouro Selic, pode ser comparado à tradicional poupança, mas tem rendimento superior. Nesse caso, a aplicação mínima é de R$ 140,59.

“O Tesouro Selic vai ter um rendimento líquido maior, independente do prazo de investimento, pelas regras de rentabilidade da poupança, e é até mais seguro”, diz o especialista da Genial. Nesse caso, o investidor pode pedir o resgate a qualquer momento do investimento, e receberá de volta o valor aplicado, mais a rentabilidade da taxa básica de juros até aquele momento.

Nos prefixados, é possível começar a investir com R$ 30,05. Nesses títulos, o investidor sabe antecipadamente qual será o rendimento do papel, e recebe o valor aplicado mais essa taxa se mantiver o investimento até o prazo de vencimento.

Os títulos híbridos, chamados IPCA+, têm aplicação mínima de R$ 31,24. Nesse tipo de investimento, o valor alocado é corrigido pelo índice oficial de inflação no Brasil e acrescido de um porcentual prefixado de juros. Assim como no caso dos títulos prefixados, no entanto, a rentabilidade contratada no momento da aplicação só é garantida se o investidor segurar o título até o prazo final.

CDBs

Os certificados de depósito bancário (CDBs) são outro título de renda fixa, assim como o Tesouro Direto. Ao investir em um, a pessoa estará emprestando seu dinheiro a um banco – e recebe juros por isso.

“Hoje, existem várias opções de CDBs de até R$ 100, inclusive começando com R$ 10”, afirma Luigi Wis. Entre as opções, existem os títulos pós-fixados, prefixados ou híbridos.

Investimentos em renda variável

Ações

Hoje, é possível comprar uma única ação de uma empresa. “Uma observação é que, para ações e produtos mais arrojados, é importante ter um prazo mais longo e pulverizar o investimento”, diz Larissa Frias.

Fundos imobiliários

Outra opção disponível por menos de R$ 100 são os fundos imobiliários (FIIs). Para investir neles, é preciso comprar uma cota na B3.

Esses fundos alocam os recursos no mercado imobiliário, por meio de aquisição de imóveis ou por títulos ligados a esse setor, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e ações de empresas do ramo.

“É uma forma de ter uma pulverização no mercado imobiliário mesmo com um investimento menor”, diz Frias, do C6. Há inclusive FIIs que investem em outros fundos, os chamados fundos de fundos (FOFs), que oferecem uma diversificação.

Uma vantagem que costuma chamar a atenção dos investidores é que grande parte dos FIIs paga dividendos mensais e esses valores são isentos de imposto de renda para pessoas físicas.

ETFs

Assim como os FIIs, os exchange-traded funds (ETFs) são fundos com suas cotas negociadas em bolsa. O valor unitário de muitos deles é menor do que R$ 100.

“Eu acho o ideal para começar, porque o investidor já tem uma carteira diversificada”, diz Frias, do C6. Existem ETFs que replicam índices como o Ibovespa ou o S&P 500.

Fundos de investimento

Outra opção são os fundos de investimentos. Há fundos que investem em títulos de renda fixa (sejam títulos do governo ou de crédito privado), em ações, além dos fundos cambiais e multimercados. “O valor mínimo depende de cada gestora, mas há diversas opções a partir de R$ 100”, diz Frias, do C6.

Uma vantagem é que mesmo com um valor baixo, o investidor já acessa uma carteira diversificada. “Os fundos são uma cesta que agrupa o patrimônio de diversos investidores, em que o gestor monta uma carteira diversificada. Assim, é possível acessar um leque de estratégias diferentes”, comenta o especialista da Genial.

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