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Quanto investir para receber R$ 2 mil em dividendos por mês

Investir para receber dividendos é uma estratégia de investidores que querem renda passiva

Receber uma renda passiva em dividendos dos seus investimentos é uma estratégia comum entre os investidores. Para isso, eles investem em ativos que pagam esses proventos, como ações, FIIs e até ETFs.  

Para os que querem receber por volta de R$ 2 mil por mês apenas em dividendos, é preciso juntar uma quantia que permita chegar a esses valores em renda passiva. De acordo com o levantamento da Elos Ayta Consultoria, em 17 de novembro, o Dividend Yield (DY) dos índices de dividendos e de fundos imobiliários, o IDIV e o IFIX, eram de 9,95% e 12,09%, respectivamente.  

O DY é um índice que mede a rentabilidade dos dividendos do ativo em relação a seu preço. Com ele, o professor Marcos Piellusch simulou quanto seria necessário ter investido para receber R$ 2 mil por mês. 

“Para chegar ao valor, basta transformar a renda mensal desejada em renda anual (R$ 2 mil/mês = R$ 24 mil/ano) e dividir pelo Dividend Yield médio do índice usado como referência”, explica ele. 

Quanto investir para ter R$ 2 mil em dividendos

  • Usando o IDIV (Dividend Yield médio de 9,95% ao ano): 
    R$ 24.000 ÷ 0,0995 ≈ R$ 241 mil necessários
  • Usando o IFIX (Dividend Yield médio de 12,09% ao ano): 
    R$ 24.000 ÷ 0,1209 ≈ cerca de R$ 200 mil necessários

Ou seja, matematicamente, para gerar R$ 2 mil mensais: 

  • Aproximadamente R$ 241 mil se a carteira replicar o IDIV 
  • Aproximadamente R$ 200 mil se estiver alocada em ativos que reproduzem o IFIX. 

Dicas e alertas 

Algumas considerações importantes: 

O professor da FIA Business School, aponta que antes de investir com base na simulação, alguns pontos devem ser analisados, como: 

  1. O Dividend Yield não é renda garantida. 
    Tanto empresas quanto fundos imobiliários podem distribuir mais ou menos dependendo de lucro, vacância, ciclos econômicos e políticas internas. 
  1. Os cálculos assumem 100% da carteira alocada em ações de dividendos ou em FIIs. 
    Na prática, investidores costumam diversificar para equilibrar risco, retorno e estabilidade da renda. 
  1. Volatilidade e previsibilidade são diferentes. 
    O IDIV tende a ter oscilação maior, por ser composto por ações. Já o IFIX costuma apresentar renda mais estável, mas também está sujeito a riscos como inadimplência e revisões de laudos. 
  1. A tributação hoje é favorável, mas pode mudar. 
    Dividendos de ações e rendimentos de FIIs são isentos para pessoa física, mas possíveis alterações tributárias futuras podem afetar esses valores. 

“Essas contas dão uma boa referência inicial sobre o montante necessário para atingir uma renda mensal específica, mas sempre vale considerar perfil de risco, horizonte de investimento e diversificação”, completa Piellusch. 

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