Como se preparar financeiramente para as festas e férias no fim do ano
A melhor forma de se planejar para um gasto no fim do ano é se antecipar
O tempo voou e já passamos da metade do ano. Faltam poucos meses para o fim de 2025 e para quem tira férias ou gosta de comemorar as festividades do período, é hora de se planejar. “A melhor forma de se planejar para um gasto no final do ano é se antecipar. Então, quando se tem um objetivo de festividade no final do ano, seja festa, férias, ou qualquer outro objetivo específico, o ideal é que se programe o quanto antes”, afirma Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank.
Como se planejar para o fim do ano
De acordo com a educadora financeira da Rico, Thaisa Durso, organizar-se financeiramente com seis meses de antecedência é uma estratégia eficaz para garantir tranquilidade no fim do ano.
“O ponto de partida está na definição dos objetivos. Visualizar como gostaria que fosse esse período, seja com viagens, celebrações ou troca de presentes, ajuda a transformar desejos em números. Ao estimar os custos com passagens, hospedagem, alimentação e lembranças, o planejamento se torna mais concreto e direcionado”, afirma Durso.
Além disso, a educadora financeira da Rico diz que incluir a família nesse processo contribui para o alinhamento das expectativas. “Conversas abertas sobre o orçamento estimulam o comprometimento coletivo e promovem um ambiente de cooperação nas decisões financeiras”.
Para Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank, definido o orçamento, é hora de começar a fazer aquela economia com antecedência. “Traga o valor desse orçamento para o presente e a partir de hoje já comece a se programar para lá na frente já ter se organizado com aquele recurso”.
Frias ressalta que esse planejamento pode ser mensal, semanal ou quinzenal, dependendo da pessoa e do tipo de fluxo de caixa que ela tem. O importante é que esse fluxo seja trazido para o dia atual, para quando chegar o momento da festividade ou objetivo, essas pendências financeiras já estejam praticamente quitadas, seja 100% ou parcialmente.
Como guardar dinheiro e investir para o fim do ano
A separação dos recursos destinados às metas deve ser feita logo no início do mês, segundo Thaisa Durso. “Em vez de aguardar sobras no final do mês, a recomendação é reservar um valor previamente, mesmo que modesto, para que o hábito de poupar e investir se fortaleça”.
Carlos Castro, planejador financeiro e CEO da SuperRico destaca que é válido também criar uma carteira específica para esse objetivo. Você pode chamar de carteira de férias ou carteira de final de ano, em que o objetivo é um investimento de curto prazo.
“Vale lembrar que estamos falando de apenas seis meses. O que favorece é que a gente está com uma Selic alta, que praticamente, em termos de rentabilidade nominal, ela vai dar mais de 1% ao mês”, aponta ele.
Thaisa Durso ressalta que para objetivos de curto prazo, como festas e férias de fim de ano, a escolha de investimentos deve priorizar segurança, liquidez e previsibilidade. Embora a poupança seja bastante popular, há alternativas mais rentáveis e que também são acessíveis.
“Investimentos de renda fixa pós-fixada, com liquidez diária e rendimento atrelado à taxa Selic ou CDI, oferecem maior proteção contra a inflação e permitem resgates rápidos”, aponta.
Alguns exemplos citados por Durso são:
- Tesouro Selic: título público com baixo risco, liquidez em D+1 e rentabilidade vinculada à taxa básica de juros.
- CDB com liquidez diária: produto bancário que rende um percentual do CDI e conta com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
- Fundos referenciados DI: compostos por títulos públicos e privados de baixo risco, com rentabilidade próxima ao CDI e possibilidade de resgates rápidos.
Larissa Frias reforça que o ideal é que o investidor, nesse caso, busque alternativas líquidas ou pelo prazo exato que ele planeja para o final do ano, porque quanto menor o prazo, menor o tempo que se tem para uma estratégia mais arriscada.
“Quanto maior o risco, maior o prazo que se pede para aquele investimento, essa é regrinha aqui do mercado. Porque os investimentos que têm mais risco tendem a ter uma oscilação mais alta no curto prazo. Então, neste caso, a gente não tem muito tempo para ter uma oscilação e, de repente, o que seria um apoio financeiro pode virar uma dor de cabeça”, afirma ela.
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Dicas para o planejamento
A dica de ouro segundo os especialistas é sempre se basear na antecedência. Isso, principalmente, porque a temporada de fim de ano costuma ter preços mais altos seja em passagens, hospedagens e até mesmo presentes.
A segunda dica importante é a pesquisa. De acordo com Carlos Castro, uma vez que a primeira etapa foi estabelecida, que é a definição de objetivos, já comece a pesquisar os preços.
“Antecipe as compras, desde que você tenha um bom benefício em termos de promoção, e procure evitar as compras principalmente nas semanas de pico, em que os preços sobem muito em função da demanda, como Natal, Ano Novo”, destaca o CEO da SuperRico.
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Já nas celebrações, a educadora financeira da Rico diz que a definição de um teto de gastos para a ceia e os presentes ajuda a manter o equilíbrio. Preparações compartilhadas, em que cada convidado leva um prato, também reduzem os custos e promovem integração.
Um alerta dado por ela é evitar utilizar o 13º salário de forma descontrolada, o que compromete o início do próximo ano. “Uma recomendação recorrente é direcionar ao menos metade desse valor para quitar dívidas (se tiver) ou formar uma reserva, especialmente considerando despesas como IPVA, material escolar e matrícula”.
Por fim, o acompanhamento constante das finanças é outra dica essencial dada por Durso. “Manter uma planilha ou aplicativo atualizado auxilia na identificação de excessos e permite correções pontuais. Ter uma lista de compras organizada e com valor máximo por pessoa evita compras por impulso e ajuda a manter o foco nos objetivos financeiros”, completa ela.
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