Organizar as contas

Dia Nacional dos Aposentados: previdência pública brasileira está entre as piores do mundo. Quais opções?

O aumento de pessoas acima dos 65 anos acende um alerta de como será a renda dos idosos

INSS. Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
O INSS é o Instituto Nacional do Seguro Social. Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Em 24 de janeiro, celebra-se o Dia Nacional dos Aposentados. A data é uma homenagem à instituição da primeira lei brasileira destinada à previdência social

No Brasil, as pessoas acima de 65 anos representam aproximadamente 11% da população total e somam cerca de 22 milhões de habitantes, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número acende um alerta sobre como será a renda dos idosos e a sustentabilidade do sistema de previdência.

A pesquisa anual Global Pension Report, produzida pela Allianz, mostra que o sistema previdenciário do País está entre os piores do mundo. Em 2023, a Dinamarca, Holanda e Suécia ocuparam os primeiros lugares do ranking, enquanto o Brasil ficou na posição 65. O país não se destacou nem na América Latina e ficou atrás do Peru, Chile, Colômbia, Uruguai e Argentina.

“É importante a organização prévia das finanças para se aposentar diante do cenário econômico. Com isso, é possível ter tranquilidade e independência financeira durante uma fase da vida em que a segurança e o conforto se tornam prioridades cruciais. E, assim, evitar imprevistos e transtornos monetários”, explica Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios.

Cenário da previdência no Brasil

Com as novas regras para a aposentadoria no País, o cenário se tornou mais difícil. Pela regra atual, só podem se aposentar quem cumprir estes requisitos: homens com 65 anos e 20 anos de contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e mulheres com 62 e, ao menos, 15 anos de contribuição. 

Tantas mudanças e discussões frequentes sobre reformas no sistema trouxeram preocupação dos brasileiros, que começaram a buscar alternativas para conseguir um futuro mais estável. A pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o Datafolha, aponta que nove a cada dez aposentados dependem exclusivamente dos rendimentos da previdência pública para o seu sustento. 

“Eu sou um dos privilegiados por receber uma aposentadoria razoável, mas mesmo assim é necessário ter controle. Após 35 anos de contribuição para o INSS,  o valor que ganho é usado apenas para as despesas básicas no cenário econômico atual, não podendo se ter outros gastos”, revela Edson Ferreira, aposentado, 65 anos.

Recentemente, o governo federal divulgou o valor do reajuste das aposentadorias e pensões  do INSS acima do salário mínimo, passando o teto para R$ 7.786, um aumento de 3,71%, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No entanto, para os que começaram a receber o benefício em 2023, a conta será um pouco diferente, uma vez que a mudança é relativa à inflação do período de concessão da aposentadoria. Nesses casos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é o indicador utilizado. 

Já para aqueles que tiveram o benefício concedido antes de 2023 o reajuste será integral, de 3,71%. Com aplicabilidade programada para o dia 1 de fevereiro, este será o menor reajuste desde 2019. 

Opções para a aposentadoria

Atualmente, no Brasil, a Previdência pública possui 39 milhões de beneficiários, dos quais 13 milhões recebem acima do salário mínimo e 26 milhões o salário mínimo, que neste ano é de R$ 1.412. Por isso, pensar em opções de previdência é um caminho para quem busca uma renda maior.

“A população brasileira se deparou com dados chocantes e o planejamento financeiro de longo prazo, para não depender do órgão público, passa a ser essencial. Dentre as opções para investir a aposentadoria estão: planos de previdência privada, Tesouro Direto, dividendos de ações e fundos imobiliários”, destaca Lamounier. 

O especialista ressalta que num contexto desafiador como o atual, os consórcios também são importantes no planejamento da aposentadoria. Isso acontece já que esses oferecem uma abordagem estratégica e acessível para aqueles que buscam outras alternativas.

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