Para 66% dos brasileiros, dívidas contribuem para elevar estresse em casa e no trabalho
No ambiente profissional, os reflexos das dívidas pessoais também ficaram evidentes na pesquisa

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Ter uma dívida e não conseguir pagar tirar o sono de muita gente. Uma pesquisa realizada pela SalaryFits – empresa da Serasa Experian – mostra que seis em cada dez pessoas relatam ter sentido seu nível de estresse aumentar, influenciando em suas vidas pessoais, devido ao endividamento. Entre os sintomas de estresse mais relatados pelas pessoas que diziam ter dívidas aparecem irritabilidade, insônia e até depressão.
E os efeitos do maior nível de estresse não ficam restritos à vida pessoal. No ambiente profissional, os reflexos das dívidas pessoais também ficaram evidentes na pesquisa: 51% dos trabalhadores relataram mais estresse no ambiente de trabalho, 47% exaustão física e 33% queda de produtividade por conta de problemas financeiros.
“Esses números mostram que a instabilidade financeira não é apenas um problema individual, mas um fator que compromete a produção e o clima organizacional. De acordo com a nova NR1 [que estabelece as diretrizes gerais de segurança e saúde no trabalho], esses são riscos que precisam ser mitigados”, afirma Délber Lage, CEO da Salaryfits.
Desde 2024, a NR1 passou a incluir riscos psicossociais entre as responsabilidades das empresas. A expectativa era que a atualização da norma entrasse em vigor em maio de 2025.
Contudo, o governo decidiu adiar o início da vigência para maio de 2026, para permitir que um número maior de empresas pudesse se adequar às novas diretrizes. Atualmente, segundo a SalaryFits, 52% das companhias avaliadas não promovem iniciativas voltadas para a saúde mental de seus funcionários.
Apoio das empresas contra o estresse
A pesquisa mostra que apenas 21% dos trabalhadores têm total controle sobre suas contas e orçamentos pessoais. Esse cenário abre espaço para que as empresas atuem como aliadas, já que 83% dos profissionais acreditam que o empregador pode contribuir com a melhora da sua gestão financeira.
Segundo Lage, “os trabalhadores esperam não só salários competitivos, mas iniciativas concretas de apoio ao bem-estar, como educação financeira, acesso ao crédito com melhores condições e ferramentas que facilitem a gestão de recursos. Esse é um caminho para atender à NR1 e, ao mesmo tempo, fortalecer o vínculo com os colaboradores”.
Os resultados mostram que 49% dos trabalhadores recorrem a recursos extras para complementar o salário, seja por meio de cartão de crédito, empréstimos ou apoio de familiares. A demanda por educação e planejamento, apontada por 87% dos entrevistados, reforça que a informação e a orientação são tão relevantes quanto o próprio recurso, segundo a pesquisa.
Além disso, quando os colaboradores estão com as economias em dia o nível de produtividade aumenta e os benefícios disso impactam diretamente o cotidiano da empresa, seja por um melhor clima organizacional ou pelos resultados de mais alta qualidade”, diz Lage.
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