Portabilidade do consignado CLT: saiba como transferir empréstimo para outro banco
A portabilidade entre bancos começou em 16 de maio, mas todas as funcionalidades do consignado só tiveram início nesta sexta-feira, 6

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Apesar de informar que a portabilidade do consignado CLT entre bancos teria começado em 16 de maio, a nova fase só teve início nesta sexta-feira, 6. A informação foi confirmada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), responsável pelo programa Crédito do Trabalhador.
Segundo o MTE, “a portabilidade sempre foi dia 6, mas a Dataprev, que faz toda operacionalização do sistema, prometeu adiantar para dia 16, e adiantou, mas não colocou todas as funcionalidades”.
Agora, entraram em funcionamento a portabilidade de empréstimos entre diferentes bancos, de modelos antigos do crédito consignado para o novo e de múltiplos contratos (para quem tem vários empréstimos diferentes e quer trocar todos por um único consignado CLT).
Como pedir a portabilidade para o consignado CLT
Segundo o MTE, a portabilidade deve ser realizada diretamente com a instituição financeira desejada. O interessado deve então procurar os canais de atendimento da empresa, solicitar orçamentos e, caso deseje, realizar a migração de seus empréstimos para a nova modalidade.
Ainda segundo o MTE, uma forma de portabilidade pela carteira de trabalho digital será disponibiliza em julho.
Sem FGTS como garantia
Outra vantagem anunciada pelo MTE para o programa Crédito do Trabalhador, o uso do saldo do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) como garantia para os empréstimos ainda não está disponível.
Segundo o órgão, o recurso não entrou ainda de fato no programa pois o FGTS “precisa estabelecer como será a operacionalização pela caixa”. A decisão deverá ser tomada pelo conselho curador do FGTS, cuja próxima reunião está prevista para o final do mês de julho.
O plano do governo para baratear crédito
Com a portabilidade, o governo pretende aumentar a concorrência e, assim, estimular a oferta de taxas mais baixas. “A instituição financeira poderá perder o empréstimo do CDC ou do consignado para outro banco se não oferecer taxas de juros melhores”, argumenta o ministro Luiz Marinho, do MTE.
Logo no lançamento do Crédito do Trabalhador, o início da portabilidade foi agendado para 6 de junho. O Dataprev, empresa pública responsável por operar o programa, anunciou um adiantamento para 6 de maio, depois remarcado para 16 de maio. Agora, segundo o MTE, a nova função fica de fato disponível a partir desta sexta-feira, 6.
Até às 17h de quinta-feira (05), o Crédito do Trabalhador já emprestou R$ 13,9 bilhões para 2,4 milhões de trabalhadores no país. A média dos empréstimos da linha alcança R$5.532,62 por contrato, com uma prestação média de R$317,56 a ser paga num prazo de 17 meses.
Como funciona o Consignado CLT
Lançado oficialmente pelo governo federal no final do mês de março, o programa Crédito do Trabalhador oferece uma opção de empréstimos para funcionários do setor privado com carteira de trabalho assinada.
Nesta modalidade, as parcelas para pagamento do empréstimo são descontadas de forma automática diretamente da folha de pagamento. É possível oferecer como garantia o dinheiro da multa rescisória em caso de demissão. Futuramente, o plano é que o FGTS também sirva como caução.
O objetivo do programa é dar uma segurança maior para as instituições financeiras e, desta forma, garantir a disponibilidade de juros mais baixos para os trabalhadores.
Como contratar um empréstimo consignado
Inicialmente, a contratação era realizada apenas através do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (disponível para download tanto em dispositivos Android como iOS). Desde o dia 25 de abril, as instituições financeiras podem também ofertar dentro de suas próprias plataformas.
Você pode ver neste link como solicitar o crédito consignado através da CLT digital. Após fazer o pedido, as instituições financeiras poderão enviar propostas, que o interessado pode ou não aceitar.
Já para fazer as solicitações diretamente nas instituições financeiras, é possível utilizar aplicativos, caixa eletrônico e agências bancárias. Cada uma possui seus próprios canais. Ao optar por este caminho, fica mais fácil para comparar os juros de diferentes empresas.
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